A história como “logos do outro”: Michel de Certeau e a operação historiográfica

Autores

  • Robson Freitas de Miranda Junior

Resumo

O presente artigo tem como objetivo discutir o conceito de “heterologia”, central para a compreensão da obra do historiador francês Michel de Certeau, para quem a historiografia seria uma espécie de discurso sobre o “outro”. A escrita da história, ao articular um lugar social à construção de um discurso narrativo por meio de práticas e técnicas específicas, seria, assim, uma forma de lidar com a alteridade, de um “outro” que se perdeu, de um ausente que, para Certeau, é o objeto da história. Nesse sentido, procuramos discutir como esse autor concebe as articulações entre o lugar social e o discurso histórico, uma vez que, para ele, essas relações seriam fundamentais não apenas para compreender o que o historiador faz ao “fazer história”, mas também o próprio estatuto epistemológico do discurso historiográfico.

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Publicado

31-05-2019

Como Citar

FREITAS DE MIRANDA JUNIOR, Robson. A história como “logos do outro”: Michel de Certeau e a operação historiográfica. Temporalidades, Belo Horizonte, v. 11, n. 1, p. 100–126, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/12680. Acesso em: 7 dez. 2025.