Experiência do tempo: reflexões acerca da temporalidade histórica na escrita ensaística de Bertrand Russell
Resumo
Desde que François Hartog, em sua obra Regimes de historicidade, expressou suas
análises sobre experiências do tempo, muito se desenvolveu nas discussões acerca dos limites
e possibilidades desse modelo de interpretação histórica. Tendo isso em vista, o que
proponho neste artigo é acrescentar à reflexão o papel da construção de identidade nas
experimentações dos períodos. Para tanto, utilizar-me-ei do caso dos ensaios do filósofo
inglês Bertrand Russell (1872-1970), encontrados na coletânea Retratos da memória & outros
ensaios, a fim de demonstrar como o tempo histórico está profundamente relacionado com
um tempo subjetivo, ordenado narrativamente. Nesse sentido, as reflexões aqui presentes
serão divididas em três momentos: (1) a breve explicitação do período de crise histórica
referente à Guerra Fria, (2) como este contexto de tensão é utilizado como construtor da
identidade de Russell e, por fim, (3) a relação entre a escrita ensaística, seu aspecto narrativo,
e a elaboração da temporalidade humana. Concluindo, assim, a indissociação dos sujeitos e
seus contextos nas experiências do tempo.
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