Experiência do tempo: reflexões acerca da temporalidade histórica na escrita ensaística de Bertrand Russell

Autores/as

  • Marlon Ferreira dos Reis

Resumen

Desde que François Hartog, em sua obra Regimes de historicidade, expressou suas
análises sobre experiências do tempo, muito se desenvolveu nas discussões acerca dos limites
e possibilidades desse modelo de interpretação histórica. Tendo isso em vista, o que
proponho neste artigo é acrescentar à reflexão o papel da construção de identidade nas
experimentações dos períodos. Para tanto, utilizar-me-ei do caso dos ensaios do filósofo
inglês Bertrand Russell (1872-1970), encontrados na coletânea Retratos da memória & outros
ensaios, a fim de demonstrar como o tempo histórico está profundamente relacionado com
um tempo subjetivo, ordenado narrativamente. Nesse sentido, as reflexões aqui presentes
serão divididas em três momentos: (1) a breve explicitação do período de crise histórica
referente à Guerra Fria, (2) como este contexto de tensão é utilizado como construtor da
identidade de Russell e, por fim, (3) a relação entre a escrita ensaística, seu aspecto narrativo,
e a elaboração da temporalidade humana. Concluindo, assim, a indissociação dos sujeitos e
seus contextos nas experiências do tempo.

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Publicado

2019-05-31

Cómo citar

FERREIRA DOS REIS, Marlon. Experiência do tempo: reflexões acerca da temporalidade histórica na escrita ensaística de Bertrand Russell. Temporalidades, Belo Horizonte, v. 11, n. 1, p. 348–375, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/12690. Acesso em: 8 dec. 2025.