A representação do escravo negro no Brasil para alunos da educação básica de uma escola pública do Piauí

Autores

  • Márcio Douglas de Carvalho e Silva Universidade Federal do Pará
  • Bruno de Souza Silva UFPA

Resumo

A forma como os alunos apreendem os conteúdos escritos nos livros de história, contribui de forma direta para como formulam suas concepções dos acontecimentos que marcaram a história da humanidade. A escravidão é um tema muito debatido nos livros didáticos de história, e suas consequências reverberam ainda no nosso cotidiano. A imagem do escravo negro, transmitida para os alunos nas aulas de história, seja pelo livro didático ou pelo professor, colabora para a maneira como os discentes formulam sua representação do cotidiano da população escravizada no Brasil. O objetivo deste artigo é analisar a forma como alunos do ensino médio, representam o escravo negro do Brasil colonial. Para isso, utilizamos como fonte, nove desenhos feitos por alunos do 2º e 3º anos, de uma escola pública estadual do norte do Piauí. A análise identificou que os discentes possuem duas formas básicas de representar os escravos: trabalhando ou sofrendo castigos físicos, o que nos leva a entender que estes não estabeleceram ideias acerca de outros aspectos da vivência dos escravos no Brasil, como a resistência e as manifestações culturais. O escravo africano, é na visão dos alunos, um ser submisso e passivo diante da condição que lhe é imposta.

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Biografia do Autor

Márcio Douglas de Carvalho e Silva, Universidade Federal do Pará

Doutorando em História Social-UFPA

Mestre em Antropologia UFPI

Bruno de Souza Silva, UFPA

Doutorando e mestre em História Social-UFPA

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Publicado

2021-01-31