E não sou eu uma mulher?

Sobre ser mulher negra

Resumo

O presente artigo problematiza a construção política e identitária em torno do ser mulher
enquanto um sujeito social, que possui uma existência corporificada na sociedade. Ao realizar este
movimento questiona a construção do ser mulher como um sujeito universal e expõe as produções
feitas por mulheres negras desde o princípio do movimento sufragista norte americano; se propõe
também a apresentar o feminismo negro e a forma como a produção a partir desta perspectiva é
potente e importante para promover a justiça social, restituir humanidades e produzir dados sobre a
população negra. Para fazer isso utiliza-se das contribuições advindas de autoras como Patricia
Collins, Angela Davis, Lélia Gonzalez e Djamila Ribeiro, produzindo dessa forma um diálogo entre
as produções dessas intelectuais e a proposta de texto aqui apresentada. Dentre as conclusões do
presente artigo destaca-se a necessária visibilibilidade das mulheres negras e suas produções ao longo
dos períodos históricos considerados no texto.

Palavras-chave: mulheres negras; feminismo negro; identidade.