O capitão cafetão e o bordel cívico-militar em Fortaleza dos anos 1940
Resumo
Resumo: A cidade de Fortaleza, capital do Ceará, ao longo da sua primeira metade do século XX, viu sua população passar de 48 mil para 180 mil habitantes. E com esse adensamento demográfico, vários discursos e práticas emergiram como cotidiano do poder e de suas resistências sobre a circulação de corpos e suas marcações (e hierarquias) de gênero, de raça, de sexualidade nas disputas na e pela espacialidade urbana, configurando diferentes condições de perceber e sentir aquela expansão populacional. Um dos temas forjados nessas e para essas tensões aparecia nas páginas de jornais, relatórios, despachos, processos como “localização do meretrício”, fazendo também da rotina fortalezense uma querela sobre os limites corporais e espaciais da prostituição. Neste artigo, portanto, discuto os tempos e contra-tempos de um governo urbano feito com confabulações e conchavos pornô-heteronormativos.
Palavras-chave: prostituição; cidade; mulheres
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