Arranjos conjugais entre africanos libertos e escravizados: gênero e estratégias matrimoniais nas fronteiras entre a escravidão e a liberdade em Mariana, Minas Gerais – Brasil (século XVIII)

Autores

  • Natã Freitas Universidade Estadual de Campinas

Resumo

 Colocando em evidência os casais cuja relação foi atravessada pelos vínculos conjugal e escravista, este artigo se propõe a investigar os casamentos mistos entre africanos libertos e escravizados celebrados na Mariana de meados do século XVIII. O casamento neste centro urbano, religioso e escravista mineiro será abordado a partir dos referenciais culturais dos africanos e os influxos específicos do universo colonial, enfatizando suas trajetórias em relação a estratégias matrimoniais possíveis. Serão discutidos também os prováveis desdobramentos desse formato de união num universo cultural que carregava expectativas distintas e desiguais para homens e mulheres e seus impactos nas fronteiras entre a escravidão e a liberdade.

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Biografia do Autor

Natã Freitas, Universidade Estadual de Campinas

Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas, com interesse na área de História do Brasil Colônia. Trabalhou no projeto "A diáspora africana no interior do Brasil colonial: identidades étnicas e novas rotas do tráfico" por cerca de dois anos. Dentre as múltiplas atividades desempenhadas, alimentava um banco de dados sobre os africanos de Mariana, desenvolvendo atividades de leitura e identificação das tipologias de documentos manuscritos do século XVIII. Durante a graduação, desenvolveu uma pesquisa de iniciação científica sobre casamentos mistos em Mariana no século XVIII com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Atualmente, é aluno do curso de Mestrado no programa de Pós Graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas.

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Publicado

2023-10-02