Os “crimes contra o recto ministério do Santo Ofício” na capitania de Minas Gerais (1701-1821)
alguns apontamentos
Resumo
No quadro dos delitos perseguidos pela Inquisição portuguesa, para além de constarem práticas como o judaísmo, a bigamia, a sodomia, a solicitação e a feitiçaria, havia um conjunto de ações entendidas como perturbadoras do bom funcionamento do tribunal e denominadas “crimes contra o recto ministério do Santo Ofício”. Assim, à Inquisição portuguesa interessava atuar também contra aqueles que impediam e perturbavam seu regular procedimento, quer fossem agentes inquisitoriais que abusavam de sua autoridade, quer fossem indivíduos comuns que ofereciam obstáculos à atuação do Santo Ofício. À vista disso, buscaremos apresentar, no presente trabalho, um mapeamento das denúncias e processos envolvendo os crimes contra o Santo Ofício na capitania de Minas Gerais entre 1722 e 1821, focalizando a natureza do delito e seu comportamento nas terras do ouro.
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