Cinema, História e Memória: O testemunho no documentário Compañero Victor Jara of Chile (1974)
Resumo
O golpe de Estado de 11 de setembro de 1973 teve um grande impacto internacional e foi amplamente divulgado por meio da imprensa, televisão e cinema de diversos países. A violenta derrocada do governo da Unidade Popular (UP), com o aprisionamento e morte de milhares de partidários do projeto da “via chilena ao socialismo”, motivou a realização de reportagens e filmes de denúncia à repressão militar. Após ser preso, torturado e assassinado no Estádio Chile, o “cantautor” e multiartista comunista Víctor Jara (1932-1973) passou a ser visto como “mártir de resistência”. Exilada em Londres, a bailarina Joan Turner, viúva de Jara, mobilizou-se como ativista pelos Direitos Humanos e relacionou-se com redes de solidariedade internacionais. Neste contexto, este artigo analisa o documentário Compañero: Victor Jara of Chile (1974), dirigido e produzido pelos cineastas britânicos Martin Smith e Stanley Forman, como parte do “fenômeno audiovisual de solidariedade”. Tem-se como objetivo examinar a formulação de uma narrativa de memória sobre Víctor, bem como, a elaboração do testemunho de Joan sobre a UP e o golpe civil-militar, no início de seu exílio.
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