Flávio Cerqueira
vozes erguidas, monumentos caídos
Resumo
Frente aos debates sobre a destruição, conservação e permanência de monumentos honoríficos de personalidades controversas e de caráter racistas, imbuídos das epistemologias pós-coloniais e decoloniais (MIGNOLO, 2017) e da compreensão dos espaços públicos enquanto constituintes do imaginário e da memória da sociedade (FREIRE,1997), o presente trabalho tem como objetivo geral realizar uma leitura crítica das obras Tinha que acontecer (Cabeça de Bandeirante) e Uma palavra que não seja espera, e compreender o caminho trilhado pelo artista afro-brasileiro Flávio Cerqueira, que, para além de destruir monumentos já existentes, produz novas esculturas monumentais, feitas em bronze. Este trabalho argumenta que essas esculturas de Flávio Cerqueira propõem a destruição das estruturas racistas e sexistas a partir da construção da destruição, e disputam as narrativas, memórias e a própria história.
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