“Um lugar proeminente entre os mais conscienciosos cultores da História Pátria”
Miguel Archanjo Galvão e os fazeres historiográficos no oitocentos (1858-1898)
Resumo
Miguel Archanjo Galvão (1821-1903) foi um importante letrado brasileiro da segunda metade do século XIX. Integrante do corpo burocrático do Império do Brasil, ele se deslocou por diferentes províncias e investiu nos fazeres historiográficos atinentes à história da dízima brasileira e à construção de cronologias dos governantes do país, além de investigações acerca da numismática. Neste artigo tenho como escopo analisar a concepção de história mobilizada pelo letrado brasileiro a partir de sua produção historiográfica. Os seus fazeres historiográficos podem ser entendidos como devedores de um projeto de invenção da autonomia nacional e de ruptura diante das tradições legislativas lusitanas. Neste sentido, acionar esses escritos possibilitam pensar os meandros dos projetos de nação em disputas no cenário letrado imperial ao longo da segunda metade do oitocentos.
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