A dupla nacionalidade em Albert Camus
identidades e conflito de interesses durante a Revolução Argelina (1954-1962)
Resumo
O presente artigo tem como objetivo primordial dissertar acerca da dupla nacionalidade de Albert Camus, filho de francês, mas nascido na Argélia, e sobre como o seu conflito identitário influenciou nas opiniões emitidas pelo filósofo à data da Revolução Argelina (1954-1962). Ao contrário de outros pensadores da época, como Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre, Camus não era a favor da independência da Argélia da maneira em que ela vinha sendo construída. Humanista, ele defendia o diálogo e a diplomacia, não uma revolução armada. O fio de Ariadne que nos guiou na escrita deste trabalho foram algumas crônicas escritas pelo próprio Camus, a exemplo de Actuelles III (1958); discussões acerca de identidade, com base em E. P. Thompson; e, também, leituras a respeito de nacionalismo, fundamentada, principalmente, em Homi Bhabha.
Palavras-chaves: Albert Camus; Argélia; Identidade.
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