Mapas e o Tesouro português: exportações, tecnologias escritas e colonialismo, c. 1760-1810

Exports, written technologies and colonialism, ca. 1760-1810

Autores

  • Luigi Pintaude Universidade Federal Fluminense

Resumo

Este artigo investiga a forma documental dos mapas de exportação no Império português, entre 1760 e 1810. Tal tipologia, cada vez mais comum com a implantação das reformas pombalinas, apresentou, enquanto tecnologia escrita, um percurso não-linear e transformativo. A intenção é esboçar uma cronologia para esta forma documental e ressaltar algumas de suas peculiaridades no tempo. O texto utiliza análise quantitativa para tratar da especialização das práticas letradas e da reconfiguração de perspectivas sobre a natureza.  São também objetos as tecnologias contábeis e sua relevância em ampla escala na América lusa. Por fim, avaliam-se tais processos na capitania de Rio Grande de São Pedro, através de trajetórias dos agentes imperiais e dos documentos que registravam mercadorias exportadas. O argumento central é que os mapas de exportação expressam uma certa noção de natureza – unificada pela conversão em capital – efetivada e intensificada através de certas tecnologias, mapas de exportação de leitura tabular, que permitiram uma exploração econômica mais intensa de certos espaços coloniais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

10-04-2025

Como Citar

PINTAUDE, Luigi. Mapas e o Tesouro português: exportações, tecnologias escritas e colonialismo, c. 1760-1810: Exports, written technologies and colonialism, ca. 1760-1810 . Temporalidades, Belo Horizonte, v. 16, n. 2, p. 135–166, 2025. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/52125. Acesso em: 12 jun. 2025.