As coisas e os homens: casas de farinha, cultura material e experiências do cotidiano das farinhadas
Palavras-chave:
Casas de farinha, Cultura material, Experiências.Resumo
O presente artigo tem por objetivo trabalhar a relação entre as coisas e os homens em um espaço/lugar que poderíamos chamar de “lugar de memória” muito importante para o pequeno e médio produtor de farinha no Maciço de Baturité entre as décadas de 1960 e 1970, especificamente no município de Itapiúna. Tendo como foco a análise dos retalhos de memórias e a observação empírica destes “museus a céu aberto” procuramos problematizar a relação entre aspectos materiais e imateriais forjada no contato corpo/ferramentas que se complementam num processo de reciprocidade entre o animado e o inanimado ressignificado a cada uso. De certa forma direcionamos nosso olhar para uma atividade de subsistência que resistiu ao longo do tempo, que com suas mudanças e permanências chegou até nossos dias. Jogamos luz no imprescindível papel histórico da experiência, do “saber-fazer” dos mestres da farinhada no cotidiano de suas atividades, no envolvimento entre pessoas e coisas que juntos forjam, no amalgama desta relação, o processo histórico.
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