Repetir para inventar: A recepção dos clássicos na França Ocupada

Autores

  • Rafael Guimarães Tavares Silva UFMG

Palavras-chave:

Recepção clássica, França Ocupada, Falsificação.

Resumo

Toda civilização estabelece suas bases e desenvolvimentos a partir de uma relação dialética entre tradição e inovação, na qual certas tendências prevalecem conforme as circunstâncias históricas específicas. Partindo da constatação de que períodos de guerra são especialmente delicados no que diz respeito à experiência humana no interior dessa dialética, pretendo sugerir que alguns escritores francófonos retomaram mais ou menos explicitamente textos e figuras da tradição ocidental para reescrevê-los durante o período de ruptura histórica que representou a ocupação da França pela Alemanha nazista: Jean Anouilh, Simone de Beauvoir, Albert Camus, Jean-Paul Sartre e Paul Valéry são alguns dos autores que esboçaram em obras escritas nesse período um aparente retorno a textos tradicionais da civilização antiga. Gostaria de analisar esse “retorno” – suas possíveis razões e implicações, tanto do ponto de vista social quanto filosófico – valendo-me para isso do conceito de “falsificação”, nas linhas daquilo que foi desenvolvido por Lorena Lopes da Costa, em uma tese defendida em 2016.

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Biografia do Autor

Rafael Guimarães Tavares Silva, UFMG

Estudante de Língua e Literatura Clássicas (Grego Antigo) pela UFMG, com interesses que vão da História e da Filosofia (Antigas e Contemporâneas) à Teoria da Literatura, além de teoria e prática da Tradução.

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Publicado

2017-05-31