Coney Island e a nostalgia de um "divertimento irresponsável" em Lana Del Rey
Palavras-chave:
Coney Island, divertimento irresponsável, Lana Del ReyResumo
Neste trabalho, discutimos as políticas de divertimento kitsch de Coney Island, península em Nova York, imbricando temporalidades distintas de suas formas de entretenimento. Coney Island emerge como consequência da modernidade e do capitalismo tardio dentro do próprio território dos Estados Unidos, fornecendo uma diversão dita "banal" em sua área periférica nos séculos XIX e XX, e sendo alvo das mesmas peias mercadológicas ao passar por processos de especulação imobiliária e de esterilização e gourmetização do entretenimento – séculos XX e XXI. Articulamos nossa discussão pela concepção de "divertimento irresponsável" (WISNIK; LUPINACCI, 2010). Traçamos um panorama da península e aplicamos a conceituação dos autores a duas canções da artista nova-iorquina Lana Del Rey – Carmen e Off To The Races –, que revelam nostalgicamente frivolidade e ausência de responsabilidade na narrativa do prazer fast-food (rápido, barato e monopolizador, no estilo estadunidense de consumo), seja na forma de entretenimento concebida para a ilha nos séculos XIX e XX, seja na forma estabelecida nos últimos anos.
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