Narrar o inenarrável; representar o irrepresentável: Os limites de representações de Auschwitz aos olhos de Art Spiegelman e Primo Levi

Autores

  • Maria Visconti Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar os conceitos de representação e de narrativa partindo de duas formas de representação do Holocausto, sobretudo de Auschwitz. Utilizando as narrativas escritas do sobrevivente italiano Primo Levi em suas principais obras É isto um homem? (1988) e Afogados e Sobreviventes (2016) e o quadrinho Maus (2009) do ilustrador sueco Art Spiegelman, pretende-se pensar em formas diferentes e possíveis de representação de um mesmo evento. A premissa é sobretudo compreender a partir de uma narrativa escrita e uma história em quadrinhos como se dá a construção da noção dos limites da representação e da ineficiência da linguagem para narrar um evento tão traumático como o Holocausto. Para isso, serão utilizadas as análises de Hayden White, Carlo Ginzburg e Roger Chartier acerca do conceito de representação e a reflexão de Hannah Arendt e Seyla Benhabib sobre a ideia de narrativa, tentando mapear o indizível do trauma e outras maneiras possíveis de compreender os campos de extermínio.

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Biografia do Autor

Maria Visconti, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Licenciada em história pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre e Doutoranda em História e Culturas Políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais.

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Publicado

2019-09-30