“Que a gente só vê calamidade, só vê sofrimento”
conflitos socioambientais da UHE de Estreito (MA) no Acampamento Coragem
Abstract
O presente trabalho tem por objetivo analisar os conflitos socioambientais da Usina Hidrelétrica de Estreito (MA), a partir das vivências dos/as atingidos/as do Acampamento Coragem. A comunidade ocupa um território em Palmeiras do Tocantins (TO), que é de posse do Consórcio Estreito Energia (CESTE), empreendedor da usina, que disputa judicialmente a posse da terra desde outubro de 2015. Essa população tem enfrentado os conflitos ocasionados pela barragem de Estreito desde a sua instalação e continuam a sofrer os efeitos ocasionados pelo empreendimento. Com a vinda da barragem para a região tiveram seus direitos violados, tendo sido deslocados compulsoriamente passando a migrar em buscar de novas territorialidades. Como orientação teórica o estudo se orienta a partir das abordagens da ecologia política, justiça ambiental e dos conflitos socioambientais. Os caminhos metodológicos seguem a pesquisa qualitativa, com revisão bibliográfica e observação participante realizada em uma comunidade ribeirinha atingida pela barragem de Estreito. Dessa forma, evidencia-se que os grandes empreendimentos se pautam numa lógica neoliberal desenvolvimentista de se apropriarem dos recursos naturais como mola propulsora da economia.
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Copyright (c) 2024 Laylson Mota Machado
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