Mecanismos de controle, autonomia e trabalho: As corporações de pretos de Pernambuco

Autores/as

  • Clara Farias de Araújo Professora e Doutoranda no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ

Resumen

A partir do último quarto do século XVIII, as associações de trabalho formadas por pessoas de cor em Pernambuco passam a ser designadas por corporações pelos governadores da capitania. Na nossa análise, este movimento caracteriza um momento de redefinição social no mundo do trabalho urbano, de crescimento das profissões urbanas, e conseqüentemente do aumento da mão-de-obra empregada nelas. Os governadores da capitania ao classificarem as associações como corporações procuravam dar conta da realidade desses grupos e apontavam para as semelhanças com o que conheciam por corporações, diferenciando-os daqueles que exerciam ofícios desvinculados das mesmas, nomeavam para melhor conhecerem e controlarem. A classificação dada pelos governadores ao passo que se convertia em instrumento para a formulação de mecanismos mais adequados de controle, também identificava mudanças na organização das associações como a apropriação de elementos das corporações tradicionais.

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Publicado

2009-08-30