Repetir para inventar: A recepção dos clássicos na França Ocupada

Autores/as

  • Rafael Guimarães Tavares Silva UFMG

Palabras clave:

Recepção clássica, França Ocupada, Falsificação.

Resumen

Toda civilização estabelece suas bases e desenvolvimentos a partir de uma relação dialética entre tradição e inovação, na qual certas tendências prevalecem conforme as circunstâncias históricas específicas. Partindo da constatação de que períodos de guerra são especialmente delicados no que diz respeito à experiência humana no interior dessa dialética, pretendo sugerir que alguns escritores francófonos retomaram mais ou menos explicitamente textos e figuras da tradição ocidental para reescrevê-los durante o período de ruptura histórica que representou a ocupação da França pela Alemanha nazista: Jean Anouilh, Simone de Beauvoir, Albert Camus, Jean-Paul Sartre e Paul Valéry são alguns dos autores que esboçaram em obras escritas nesse período um aparente retorno a textos tradicionais da civilização antiga. Gostaria de analisar esse “retorno” – suas possíveis razões e implicações, tanto do ponto de vista social quanto filosófico – valendo-me para isso do conceito de “falsificação”, nas linhas daquilo que foi desenvolvido por Lorena Lopes da Costa, em uma tese defendida em 2016.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Rafael Guimarães Tavares Silva, UFMG

Estudante de Língua e Literatura Clássicas (Grego Antigo) pela UFMG, com interesses que vão da História e da Filosofia (Antigas e Contemporâneas) à Teoria da Literatura, além de teoria e prática da Tradução.

Citas

ANOUILH, Jean. Antigone. Paris : Éditions de la Table Ronde, 1947.
______. Recueil sur Antigone de Jean Anouilh. 1944. Disponível em : < http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b10516174g/f1.image.r=antigone%20anouilh>. Acesso em: 09 de abril de 2017.
BEAUVOIR, Simone de. Pour une morale de l’ambiguïté suive de Pyrrhus et Cinéas. Paris : Éditions Gallimard, 1947 (1944, Éditions Gallimard, Pyrrhus et Cinéas).
BÉNARD, Pierre. Antigone de Jean Anouilh. Front national, le 30 septembre 1944.
CAMUS, Albert. Le mythe de Sisyphe : Essai sur l’absurde. Paris : Éditions Gallimard, 1942.
______. L’étranger. Paris : Éditions Gallimard, 1942.
DUPONT, Florence. L’insignifiance tragique. Paris : Éditions Gallimard, 2001.
FLORES-JÚNIOR, Olimar. Παραχαράττειν τὸ νόμισμα ou as várias faces da moeda. Ágora. Estudos Clássicos em Debate 2 (2000), p. 21-32.
HUNWICK, Andrew. Tragédie et dramaturgie: les ambiguïtés dans l’Antigone d’Anouilh. Revue d’Histoire littéraire de la France. 96e Année, N. 2 (Mar.-Apr., 1996), p. 290-312.
LAUBREAUX, Alain. Antigone de Jean Anouilh à l’Atelier. Je suis partout, le 19 février 1944.
NOVY, Yvon. Ce que nous dit Jean-Paul Sartre de sa première pièce. Comœdia, le 24 mars 1943.
PLUTARCH. Plutarch's Lives. English Translation by. Bernadotte Perrin. Cambridge; London: Harvard University Press; William Heinemann Ltd, 1920.
PURNAL, Roland. Antigone. Comœdia, le 19 février 1944.
SARTRE, Jean-Paul. Huis clos suivi de Les mouches. Paris : Éditions Gallimard, 1947.
______. Recueil sur Les Mouches de Jean-Paul Sartre. 1943. Disponível em : < http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b105128667/f1.image.r=les%20mouches%20sartre>. Acesso em: 09 de abril de 2017.

Publicado

2017-05-31