Surrealismo
gênese de uma leitura revolucionária
Resumo
O presente trabalho visa estudar o movimento surrealista criado em 1924, na França, por André Breton, para deste modo, compreender as origens das práticas revolucionárias e os pontos de convergência com as teorias revolucionárias de Karl Marx e de Leon Trotsky. O objetivo implicou observar como a prática literária e as apropriações feitas por André Breton, referente as obras de Trotsky e Marx, influenciaram nas crenças e ações do grupo surrealista, e se tornaram base para as produções do movimento. O método histórico empregado nesta pesquisa analisou documentos, manifestos, cartas e periódicos produzidos por surrealistas, a fim de melhor compreender as ligações das ideologias surrealistas com as ideologias revolucionárias, bem como para melhor entendimento do cenário do qual o grupo está inserido. Os resultados obtidos desvelam a importância e o impacto da prática literária na vida de um indivíduo, assim como no círculo social do qual este está inserido.
Downloads
Referências
ALMEIA FILHO, Eclair Antonio. A revolução surrealista antes e sempre (apesar dos cadáveres). Educação, Ciência e Cultura, Canoas, v. 11, n. 1, p.33-44, jan./jun. 2006.
AZEVEDO, Érika; PONGE, Robert. André Breton e os primórdios do Surrealismo. Contigentia, [s. L.], v. 3, n. 2, p.277-284, nov. 2008.
BONNET, Marguerite. Trotsky e Breton. 1975. Disponível em: <https://www.marxists.org/portugues/bonnet/1975/mes/trotski-e-breton.htm>. Acesso em: 29 set. 2017.
BRETON, André. Manifestos do Surrealismo. São Paulo: Brasiliense, 1985.
_______. Leon Trotsky: Lenin. La Revolution Surréaliste, Paris, n. 5, p. 29, out. 1925.
CHARTIER, Roger. Textos, impressão, leituras. In: HUNT, Lynn (org). A Nova História Cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992. cap. 6, p. 211-228.
COUTO, José Geraldo. André Breton. São Paulo: Brasiliense, 1984.
DA COSTA, Anderson. Surrealismo e Marxismo: a necessidade contra o desejo de ortodoxia. Tabuleiro das Letras, [s. L.], n. 6, p.1-19, jun. 2013.
FACIOLI, Valentin (org). Por uma arte revolucionária independente. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
HELLMANN, Risolete Maria. A trajetória da arte surrealista. Nupem, Campo Mourão, v. 4, n. 6, p.119-131, jan./jun. 2012.
HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
HUNT, E.K.; SHERMAN, Howard J.. As Doutrinas Socialistas: a Teoria Econômica de Marx. In:__. História do pensamento econômico. Petrópolis: Editora Vozes, 2005. cap. 6, p. 91-106.
LÖWY, Michael. A Estrela da Manhã: Surrealismo e Marxismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
MARX, Karl. O Capital: O processo de produção do capital. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016, v.1.
_______.; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Escala, 2009.
NETTO, José Paulo. O que é stalinismo. São Paulo: Brasiliense, 1985.
_______. O que é marxismo. São Paulo: Brasiliense, 1991.
OLIVERI, Rita. Surrealismo e Marxismo na obra de André Breton. Sitienbus, Feira de Santana, 2(4), p.57-66, jan./jun. 1984.
QUERIDO, Fabio Mascaro. Romântico, moderno e revolucionário: O surrealismo e os paradoxos da modernidade. Cadernos de Campo, Campinas, v. 14, p.81-97, 2011.
REBOUÇAS, Maria de Vasconcelos. Surrealismo. São Paulo: Ática, 1986.
TROTSKY, Leon. Revolução Permanente. São Paulo: Ciências Humanas LTDA, 1979.
_______. Literatura e Revolução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O(A) autor(a), para fins de submissão à revista Temporalidades, deve declarar que o trabalho aqui submetido é de autoria do mesmo e nunca foi publicado em qualquer meio, seja ele impresso ou digital.
O(A) autor(a) também declara estar ciente das seguintes questões:
Os direitos autorais para artigos publicados na Temporalidades são do autor, com direitos de primeira publicação para o periódico;
Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito;
A revista permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público.
A Temporalidades adota a licença internacional Creative Commons 4.0 (CC BY).