"There is no alternative"

ataque ao bem viver, morte da alteridade e fim da história na atopia neoliberal

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Resumo

Diante da consumação de um genocídio no Brasil, questionaremos as condições materiais que levam a uma racionalidade calcada no ataque ao bem viver, na morte da alteridade e no fim da história. Compreenderemos que o neoliberalismo, nas últimas décadas, esteve centrado no "realismo capitalista" e na crença de não haver alternativas ao sistema que, nesse sentido, formaram uma atopia. Assim, o Outro teve sua humanidade desprezada e ocorreu uma autorização subjetiva para o abate. Após a crise de 2008 e com o golpe de 2016, ganhou espaço uma agenda de recrudescimento da repressão à classe trabalhadora configurando um capitalismo zumbi marcado por uma face totalitária na qual a estrutura privada é o único modelo de sociabilidade e em que o Estado é pensado como uma empresa e gerido com base nos critérios de eficiência e eficácia. Dessa maneira, forma-se uma jaula de aço uma vez que, apesar de o velho já ter morrido, o novo não consegue nascer. Para além desse impasse, a resistência popular suscita mobilizações rizomáticas que apontam a reabertura do horizonte temporal e, com isso, aparecem como indício da gestação coletiva de um outro mundo possível.

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Biografia do Autor

  • Guilherme José Schons, Universidade Federal da Fronteira Sul

    Acadêmico de História na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Erechim

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Publicado

31-01-2021

Como Citar

SCHONS, Guilherme José. "There is no alternative": ataque ao bem viver, morte da alteridade e fim da história na atopia neoliberal. Temporalidades, Belo Horizonte, v. 12, n. 3, p. 436–459, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/25479. Acesso em: 25 dez. 2025.