Olhares na representação de mulheres
dramaturgia, gênero e contexto
Palavras-chave:
gênero, teatro, cinema, feminismo, Guillermo Calderón, Roberto BolañoResumo
Resumo: Este artigo reflete sobre as fronteiras do gênero na construção de escritas masculinas relidas sob olhares de diretoras mulheres, esses limiares são investigados a partir de leituras feministas (fundamentadas por teorias de Butler, 2014; Segato, 2020; Forstenzer, 2022 e Louro, 2004) de textos dos autores chilenos Roberto Bolaño (1955) e Guillermo Calderón (1971). Especificamente, analisamos personagens femininas de duas obras de Roberto Bolaño: Una novelita lumpen (2002) levada ao cinema por Alicia Scherson (1974), mas que perfeitamente poderia ter sido levada ao teatro, intitulada Il futuro (2013) e Los detectives salvajes (1998), a partir de uma proposta de montagem cênica possível. Num exercício semelhante, analisamos a leitura feminista que a montagem brasileira Classe (2019), realizada pelo grupo de teatro Mulheres Míticas sob direção de Sara Rojo (1955), promove a partir da tradução do texto original Clase (2008), escrito pelo dramaturgo, diretor e roteirista Guillermo Calderón. Não pretendemos criar um modelo de continuidade que permita compreender, como um todo homogêneo, a escrita masculina sobre mulheres, mas sim analisar casos concretos que possibilitem criar interrogações e debates que contribuam para essa reflexão.
Palavras-chave: gênero; teatro; cinema; feminismo; Guillermo Calderón; Roberto Bolaño.
Abstract: This article reflects on the boundaries of gender in the construction of male writings reread under the eyes of female directors, these thresholds are investigated from feminist readings (based on theories by Butler, 2014; Segato, 2020; Forstenzer, 2022 and Louro, 2004) of texts by Chilean authors Roberto Bolaño (1955) and Guillermo Calderón (1971). Specifically, we analyze female characters from two works by Roberto Bolaño: Una novelita lumpen (2002) taken to the cinema, but which perfectly could be taken to the theater, by Alicia Scherson (1974) entitled Il futuro (2013) and Los detectives salvajes (1998), based on a proposal for a possible scenic montage. In a similar exercise, we analyzed feminist reading that the Brazilian montage Classe (2019), performed by the theater group Mulheres Míticas under the direction of Sara Rojo (1955), promotes from the translation of the original text Clase (2008), written by playwright, director, and screenwriter Guillermo Calderón. We do not intend to create a model of continuity that allows us to understand, as a homogeneous whole, male writing about women, but rather to analyze concrete cases that make it possible to create questions and debates that contribute to this reflection.
Keywords: Gender; Theater; Movie theater; Feminism; Guillermo Calderón; Roberto Bolaño.
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