Ressonância – sobre o vanguardismo ecoliterário dos romantismos anglo-americano e alemão
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2024.51774Palavras-chave:
Romantismo anglo-americano, Romantismo alemão, Ecocrítica, Thoreau, Hartmut Rosa, RessonânciaResumo
O artigo apresenta o vanguardismo dos romantismos inglês, alemão e estadunidense sob uma perspectiva ecocrítica em combinação com a teoria social-filosófica do sociólogo Hartmut Rosa. Advogando por uma nova relação entre humanos e não-humanos, os românticos pretendiam superar o dualismo estabelecido com a modernidade europeia. O sujeito romântico é caracterizado por uma interioridade profunda ligada à experiência estética-afetiva da natureza, o que sustenta sua identidade. Trechos de ensaios, contos e poemas de românticos ingleses, alemães e americanos elucidam sua procura literária por uma nova correspondência entre o mundo natural e os seres humanos. Chega-se à conclusão que as ressonâncias literárias do romantismo histórico são influentes e têm mérito até hoje.
Downloads
Referências
BARCK, Karlheinz. Avantgarde. In: Ästhetische Grundbegriffe. v.1. Ed. BARCK, Karlheinz. Stuttgart; Weimar: 2010. p. 544-577.
BATE, Jonathan. Romantic Ecology Revisited. Paradise Valley/Arizona: ReLit Foundation, 2024, edição Kindle.
BATE, Jonathan. The Song of the Earth. London: Picador, 2000.
BLOOM, Harold. The American Religion. 2. ed. New York: Chu Hartley Publishers, edição Kindle.
BÖHME, Gernot. Für eine ökologische Naturästhetik. Frankfurt a. M.: Suhrkamp, 1989.
BOMFIM, Zulmira Áurea Cruz et.al. Emoções e afetividade ambiental. In: Psicologia ambiental: conceitos para a leitura da relação pessoa – ambiente. Petrópolis: Vozes, 2018, p. 60-74.
BÜHLER, Benjamin. Wer spricht? Nature Writing als Lernszenario. In: VAN HOORN, Tanja; FISCHER, Ludwig (eds.). Welche Natur? Und welche Literatur? Traditionen, Wandlungen und Perspektiven des Nature Writing. Berlin: Metzler, 2023. p. 9-26.
CLARK, Timothy. The Value of Ecocriticism. Cambridge: Cambridge University Press, 2019.
COLERIDGE, Samuel Taylor. The Complete Poetical Works of Samuel Taylor Coleridge. 2011, edição Kindle.
DAVIES, Jeremy: Romantic Ecocriticism. History and Prospects. In: Literature Compass 15/9, 2018, p. 1-15. Disponível em: https://eprints.whiterose.ac.uk/134169/. Acesso em: 29 fev. 2024.
EGGENSPERGER, Klaus (org.). Entre botânicas decoloniais: as frutas silvestres de Henry David Thoreau e frutas brasileiras. Curitiba: Appris, 2021.
FELSKI, Rita. Hooked: Art and Attachment. Chicago; London: University of Chicago Press, 2020.
FISCHER, Ludwig. Natur im Sinn: Naturwahrnehmung und Literatur. Berlin: Matthes & Seitz, 2019.
KREBS, Angelika. Das Weltbild der Igel: Naturethik einmal ganz anders. Basel: Schwabe, 2021.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 2013.
LEOPOLD, Aldo. Almanaquede de um condado arenoso e alguns ensaios sobre outros lugares. Tradução de Rômulo Ribon. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2019.
MATUSCHEK, Stefan. Der geteilte Himmel – Eine Geschichte der Romantik. München: Beck, 2021.
MERCHANT, Carolyn. American Environmental History: an introduction. New York: Columbia University Press, 2007.
NOVALIS. Pólen. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. 2. ed. São Paulo: Iluminuras, 2021.
PAZ, Octavio. Os filhos de barro. Tradução de Ari Roitman; Paulina Wacht. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
RIGBY, Kate. Reclaiming Romanticism: towards an ecopoetics of decolonization. London; New York: Bloomsbury Academics, 2020, edição Kindle.
ROSA, Hartmut. The Uncontrollability of the World. Tradução de James C. Wagner. Cambridge: Polity Press, 2020.
ROSA, Hartmut. O conceito de ressonância. In: ROSA, Hartmut. Aceleração: a transformação das estruturas temporais na Modernidade. Tradução de Rafael H. Silveira. São Paulo: Editora UNESP, 2019a. p. 29-50.
ROSA, Hartmut. Resonance: A Sociology of our Relationship to the World. Tradução de James C. Wagner. Cambridge: Polity Press, 2019b.
SAYRE, Robert; LÖWY, Michael. Anticapitalismo romântico e natureza: o jardim encantado. São Paulo: Editora Unesp, 2021.
SCHILLER, Friedrich. Poesia ingênua e sentimental. Tradução de Márcio Suzuki. São Paulo: Iluminuras, 1991.
SCHLEGEL, Friedrich. Conversa sobre poesia. In: SCHLEGEL, Friedrich. Fragmentos sobre poesia e literatura (1797-1803): seguido de Conversa sobre poesia. Tradução de Constantino Luz de Medeiros, Márcio Suzuki. São Paulo: Editora Unesp, 2016. p. 481-555.
SEEL, Martin. Eine Ästhetik der Natur. Frankfurt a. M.: Suhrkamp, 1996.
SHELLEY, Percy Bysshe. Uma defesa da poesia e outros ensaios. Ed. bilíngue. São Paulo: Landmark, 2008.
SMITH, Ian. Misusing canonical intertexts: Jamaica Kincaid, Wordsworth and colonialism’s “absent things”. Callaloo, v. 25, 2002, p. 801-820. Disponível em: https://ldr.lafayette.edu/concern/publications/m039k5314 Acesso em: 29 fev. 2024.
SOBREIRA, Ricardo. Desafios e soluções de uma transcriação para o português do soneto “To nature” de Samuel Taylor Coleridge. In: Todas as Letras, São Paulo, v. 19, n. 3, 2017, p. 94-107. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5935/1980-6914/letras.v19n3p94 -107 Acesso em: 29 fev. 2024.
TAYLOR, Charles. Cosmic Connections: Poetry in the Age of Disenchantment. Cambridge, MA; London: Belknap Press of Harvard University Press, 2024.
TAYLOR, Charles. As fontes do self: a construção da identidade moderna. Tradução de Adail Ubirajara Sobral; Dinah de Abreu Azevedo. São Paulo: Edições Loyola, 2013.
THOREAU, Henry David. Walden. Tradução de Denise Bottmann. Porto Alegre: L&PM, 2017.
THOREAU, Henry David. Life without principle. In: THOREAU, Henry David. Essays: A fully annotated edition. Edição Jeffrey S. Cramer. New Haven; London: Yale University Press, 2013. p. 346-368.
THOREAU, Henry David. Caminhando. Tradução de R. Muggiati. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012.
VANDENBERGHE, Frédéric. Tuning into Harmut Rosa’s systematic Romanticism. The Journal of Chinese Sociology 10/12, 2023, p. 1-36. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s40711-023-00189-2 Acesso em: 21 ago. 2024.
WALLS, Laura Dassow. Henry David Thoreau: a life. Chicago; London: University of Chicago Press, 2017.
WEBER, Andreas. Enlivement: Towards a Poetics for the Anthropocene. Cambridge, MA: MIT Press, 2019.
WEBER, Max. Religiões mundiais – uma consideração intermediária: teoria dos estágios e direções da rejeição religiosa do mundo. Tradução de Antonio Luz Costa. In: WEBER, Max. Ética econômica das religiões mundiais: ensaios comparados de sociologia da religião. V. 1: Confucionismo e taoismo. Petrópolis: Vozes, 2016. p. 361-406.
WELSCH, Wolfgang. Ästhetische Welterfahrung: zeitgenössische Kunst zwischen Natur und Kultur. Paderborn: Wilhelm Fink, 2016.
WORDSWORTH, William. Wordworth’s Poetry and Prose. Ed. HALMI, Nicholas. London; New York: Norton, 2014.
WORDSWORTH, William. Solitário qual nuvem vaguei. Tradução de Alberto Marsicano e John Milton. Disponível em: https://poesiaspreferidas.wordpress.com/ 2017/12/02/solitario-qual-nuvem-vaguei-william-wordsworth/. Acesso em: 29 fev. 2024.
WORDSWORTH, William. Prefácio à segunda edição das Baladas Líricas. In: Poéticas românticas inglesas: Wordsworth – Hazlitt – Shelley – Stuart Mill. Org. e trad. SOUSA, Roberto Acízelo de. São Paulo: Filocalia, 2017, p. 29-56. [2017b].
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Klaus Friedrich Wilhelm Eggensperger (Autor)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja The Effect of Open Access).