Capitalismo como praga
Água funda, de Ruth Guimarães
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2024.49448Palabras clave:
Ruth Guimarães, romance Água funda, cultura caipira, etnocídio, modernização conservadoraResumen
o ensaio se propõe a interpretar o romance Água funda, de Ruth Guimarães (1946), tendo como enquadramento teórico um conjunto de esculturas de Aleijadinho, além de recolha de uma lenda realizada pela própria autora. Ao final, ocorre um cotejo com as ideias de Antonio Candido a respeito da mudança social sofrida pelos “caipiras”. Em meio a esse diálogo, o ensaio analisa o método de construção do romance, argumentando que a lenda da Mãe de Ouro é o perdido fundamento simbólico da trama. A forma do romance aparece como figuração crítica do etnocídio sofrido pela cultura caipira em meio aos processos de modernização conservadora do latifúndio.
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