Exasperar Bartleby: Fórmula – Alegoria – Reticência

Autores/as

  • João Pedro Cachopo Universidade Nova de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.24.3.11-23

Palabras clave:

Bartleby, Melville, fórmula, alegoria, política, literatura, filosofia

Resumen

O presente ensaio discute o “efeito Bartleby” nas suas dimensões literária, filosófica e política, tomando em consideração as leituras da novela de Melville propostas por Blanchot, Deleuze, Agamben, Hardt, Negri, Ziz&ek, entre outros autores. Distinguese dois procedimentos – um mais centrado na “fórmula”, outro na “alegoria” – e mostra-se como eles podem convergir ou divergir naquelas leituras. A “reticência” final expressa uma preocupação crítica a respeito da relação entre literatura e política. À custa de verificar quer as dificuldades na articulação entre “fórmula” e “alegoria” quer a prevalência de um sentido “messiânico” quando aquela articulação parece bem sucedida, sugerir-se-á que o reconhecimento de uma “política da literatura” não se confunde com – e não admite – a transformação de uma qualquer personagem ou fórmula literárias num emblema do político.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

João Pedro Cachopo, Universidade Nova de Lisboa

João Pedro Cachopo estudou musicologia e filosofia em Lisboa (FCSH-UNL), Paris (Université de Paris 8) e Berlim (Humboldt Universität zu Berlin), tendo-se doutorado em filosofia contemporânea com uma dissertação sobre o pensamento estético de Adorno. É investigador do CESEM/FCSH-UNL, onde lecciona e desenvolve um projecto de pós-doutoramento sobre os aspectos estéticos e políticos da relação entre as artes. Departamento: CESEM/FCSH-UNL. Áreas de investigação: Filosofia (estética e política); estudos literários; musicologia.

 

Citas

AGAMBEN, Giorgio. Bartleby, or On Contingency. In: AGAMBEN, Giorgio. Potentialities: Collected Essays in Philosophy. Edição e tradução de Daniel Heller-Roazen. Stanford: Stanford University Press, 1999. p. 243-271.

BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de história. In: BENJAMIN, Walter. O anjo da história. Edição e tradução de João Barrento. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010. p. 9-20.

BERKMAN, Gisèle. L’effet Bartleby. Philosophes lecteurs. Paris: Hermann, 2011.

BLANCHOT, Maurice. L’écriture du désastre. Paris: Gallimard, 1980.

DELEUZE, Gilles. Bartleby, ou la formule. In: DELEUZE, Gilles. Critique et clinique. Paris: Minuit, 1993. p. 89-114.

DERRIDA, Jacques. Donner la mort. Paris: Galilée, 1999.

Hardt, Michael; NEGRI, Antonio. Empire. Cambridge (MA); London: Harvard University Press, 2001.

JAWORSKI, Philippe. Le désert et l’empire. Paris: Presses de l’École Normale Supérieure, 1986.

MELVILLE, Herman. Bartleby. Tradução de Gil de Carvalho. 2. ed. Lisboa: Assírio & Alvim, 2010.

RANCIÈRE, Jacques. Deleuze, Bartleby et la formule littéraire. In: RANCIÈRE, Jacques. La chair des mots. Politiques de l’écriture. Paris: Galilée, 1998. p. 179-203.

ZIZEK, Slavoj. The Paralax View. Cambridge (MA); London: MIT Press, 2009.

ZOURABICHVILI, François. Deleuze et le possible (de l’involontarisme en politique). In: ALLIEZ, Éric (Org.). Deleuze, une vie philosophique. Paris: PUF, 1998. p. 335-357.

Publicado

2014-12-31

Cómo citar

Cachopo, J. P. (2014). Exasperar Bartleby: Fórmula – Alegoria – Reticência. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 24(3), 11–23. https://doi.org/10.17851/2317-2096.24.3.11-23

Número

Sección

Dossiê - Políticas do Contemporâneo - Experiências