Sobre a dificuldade de nomear a produção do presente: Rancière e Laddaga e os regimes das artes

Autores/as

  • Ieda Magri Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.3.229-248

Palabras clave:

literatura contemporânea, modernidade, pós-modernidade, contemporâneo, regimes das artes, Rancière, Laddaga

Resumen

Este artigo propõe uma reflexão sobre algumas formas de pensar e nomear a produção artístico-literária do presente a partir do texto “Em que tempo vivemos?” de Jacques Rancière. Assim, buscamos respostas às implicações de se pensar o tempo em que vivemos como um tempo pós. Um tempo que, para Rancière, precisa ser visto como não-homogêneo, um tempo em que se produz rupturas e intervalos, fazendo deixar de coincidir o tempo global e o tempo individual da pessoa. Para Rancière, o nosso tempo pós, no que diz respeito ao modo de ler a história da arte, ainda é o tempo do Regime Estético, que sucedeu outros dois Regimes, o Ético e o Poético ou Representativo. Reinaldo Laddaga, argentino radicado nos EUA, discorda de Rancière e vê ruptura onde este vê continuidade. Assim, para Laddaga, depois do Regime Estético, teríamos entrado no que ele chama de Regime Prático das Artes. Essa discussão nos faz ver o que esses termos representam em contraposição à ideia de Modernismo e Pós-modernismo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ieda Magri, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professora adjunta do departamento de Literatura Brasileira e Teoria da Literatura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Desenvolveu seu Pós doutorado na UFRJ a partir dos mapas de escritores latino-americanos de Roberto Bolaño e sua influência no contexto literário da América Latina. É autora dos romances Ninguém (7Letras, 2016), Olhos de bicho (Rocco, 2013, finalista do Prêmio São Paulo de literatura) e Tinha uma coisa aqui (7Letras, 2007) e do ensaio O nervo exposto: João Antônio, experiência e literatura (Lume, 2013). Organizou, com Paulo Moreira e Saulo Lemos, o e-book Literatura e crítica contemporânea na América Latina.

Citas

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.

CONTRERAS, Sandra. En torno al realismo y otros ensayos. Rosário: Nube Negra ediciones, 2018.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vaga-lumes. Tradução de Vera Casa Nova e Márcia Arbex. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

KNORR CETINA, Karin. Transitions in knowledge societies. In: BENRAFEL, Eliezer; STERNBERG, Itzak (ed.). Identity, Culture and Globalization. Amsterdam: Brill, 2001.

KNORR CETINA, Karin; BRUGGER, Urs. The Market as an Object of Attachment: Exploring Postcolonial Relations in Financial Markets. Canadian Journal of Sociology, Edmonton, v. 25, n. 2, p. 141-168, 2000.

LADDAGA, Reinaldo. Espectáculos de realidad: Ensayo sobre la narrativa latinoamericana de las dos últimas décadas. Rosario: Beatriz Viterbo Editora, 2007.

LADDAGA, Reinaldo. Estética da emergência: a formação de outra cultura das artes. Tradução de Magda Lopes. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

LADDAGA, Reinaldo. Estética de laboratório: estratégias das artes do presente. Tradução de Magda Lopes. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

LUDMER, Josefina. Aquí América latina: Una especulación. Buenos Aires: Eterna Cadencia Editora, 2010.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível. Tradução de Mônica Costa Neto. São Paulo: Editora 34, 2005.

RANCIÈRE, Jacques. Em que tempo vivemos? Tradução de Donaldson M. Garschagen. Revista Serrote, São Paulo, n. 16, p. 203-222, mar. 2014.

RANCIÈRE, Jacques. O dissenso. Tradução de Paulo Neves. In: NOVAES, Adauto. A crise da razão. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. Tradução de Ivone C. Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

RANCIÈRE, Jacques. Política da literatura. Tradução de Renato Pardal Capistrano. A!, Rio de Janeiro, v. 5, n. 5, p. 110-131, jan./jul. 2016.

Publicado

2019-09-30

Cómo citar

Magri, I. (2019). Sobre a dificuldade de nomear a produção do presente: Rancière e Laddaga e os regimes das artes. Aletria: Revista De Estudos De Literatura, 29(3), 229–248. https://doi.org/10.17851/2317-2096.29.3.229-248

Número

Sección

Dossiê – Teoria e Crítica Literária no Tempo Presente