Aproximação à escola discursiva dos Robinsons
DOI:
https://doi.org/10.35699/2317-2096.2021.26029Palabras clave:
Daniel Defoe, Robinson Crusoé, robinsonada, teoria narrativaResumen
O objetivo do texto é contribuir para a definição de uma escola discursiva fundada por Daniel Defoe em Robinson Crusoé, há trezentos anos. A hipótese de que o título inaugura uma tradição importante para o desenvolvimento do romance como gênero é sustentada pela observação de sua economia formal e de seus prováveis efeitos de leitura, que se transformam no tempo e nas diferentes realizações que repõem o modelo em novos contextos, mais ou menos distantes do original. Assim aparecem, aqui, além do primeiro e do segundo Robinson de Defoe, interpretações de O Robinson suíço (Johann David Wyss), A escola dos Robinsons (Júlio Verne), Suzana e o Pacífico (Jean Giraudoux), Sexta-Feira ou os limbos do Pacífico (Michel Tournier), A vida sexual de Robinson Crusoé (Michel Gall) e A invenção de Morel (Adolfo Bioy Casares), que representam configurações narrativas desiguais, mas relevantes para o entendimento em perspectiva das continuidades em jogo.
Descargas
Citas
BONOMO, Daniel. Experimentum in insula: Robinson Crusoé nas origens do aborrecimento. Literatura e Sociedade, São Paulo, v. 22, n. 25, p. 117-131, jul./dez. 2017. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i25p117-131.
BORGES, Jorge Luis. Prólogo. In: CASARES, Adolfo Bioy. A invenção de Morel. Tradução de Sérgio Molina. 4. ed. São Paulo: Biblioteca Azul, 2016. p. 7-10.
BROCH, Hermann. Das Böse im Wertsystem der Kunst. In: BROCH, Hermann. Schriften zur Literatur 2. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1975. p. 119-156.
CASARES, Adolfo Bioy. A invenção de Morel. Tradução de Sérgio Molina. 4. ed. São Paulo: Biblioteca Azul, 2016.
CUNHA, Gualter. Uma dupla direção da escrita em Daniel Defoe: The Farther Adventures of Robinson Crusoe, ou, alguns bons ensinamentos da má literatura. Revista da Faculdade de Letras do Porto, Porto, v. 6, p. 189-206, 1989. (Série de Línguas e Literaturas, II).
DEFOE, Daniel. As novas aventuras de Robinson Crusoe. Tradução de Virgílio Tenreiro Viseu. Torres Vedras: E-Primatur, 2017.
DEFOE, Daniel. Robinson Crusoe. Edição de Michael Shinagel. 2. ed. New York: Norton, 1994. (Norton Critical Edition).
DEFOE, Daniel. Robinson Crusoé. Tradução de Sergio Flaksman. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2011.
FOUCAULT, Michel. O que é um autor? In: FOUCAULT, Michel. Estética: literatura e pintura, música e cinema. Organização de Manoel Barros da Motta. Tradução de Inês Autran Dourado Barbosa. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006. p. 264-298. (Ditos e Escritos, 3).
FOUCAULT, Michel. Por trás da fábula. In: FOUCAULT, Michel et al. Júlio Verne: uma literatura revolucionária. São Paulo: Documentos, 1969. p. 11-19.
GALL, Michel. A vida sexual de Robinson Crusoé. Tradução de Mirian Paglia Costa. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.
GIRAUDOUX, Jean. Suzana e o Pacífico. Tradução de Nair Lacerda. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1958.
HUNTER, J. Paul. Genre, nature, Robinson Crusoe. In: RICHETTI, John (ed.). The Cambridge Companion to “Robinson Crusoe”. Cambridge: Cambridge University Press, 2018. p. 3-15. DOI: https://doi.org/10.1017/9781107338586.002.
JOYCE, James. Daniel Defoe. In: DEFOE, Daniel. Robinson Crusoe. Edição de Michael Shinagel. 2. ed. New York: Norton, 1994. p. 320-323. (Norton Critical Edition).
MAHER, Susan Naramore. Recasting Crusoe: Frederick Marryat, R. M. Ballantyne and the Nineteenth-Century Robinsonade. Children’s Literature Association Quarterly, [S.l.], v. 13, n. 4, p. 169-175, 1988. DOI: https://doi.org/10.1353/chq.0.0620. Disponível em: https://muse.jhu.edu/article/248614. Acesso em: 15 out. 2020.
MILLER, J. Hillis. Reading. The Swiss Family Robinson as Virtual Reality. In: LESNIK-OBERSTEIN, Karín. Children’s literature. New approaches. New York: Palgrave Macmillan, 2004. p. 78-92. DOI: https://doi.org/10.1057/9780230523777_4.
NODIER, Charles. Introdução. In: WYSS R. [sic]. O Robinson suíço. Tradução de Rosa de Murillo. Paris: Rio de Janeiro: Livraria Garnier Irmãos, [18--?]. p. i-viii. 2 v.
ROSA, Hartmut. Beschleunigung. Die Veränderung der Zeitstrukturen in der Moderne. 2. ed. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 2016.
SAVIN, Tristan. Les enfants du capitaine Verne. L’Express, Paris, 1 fev. 2005. Actualité, Culture, Livres. Disponível em: https://www.lexpress.fr/culture/livre/les-enfants-du-capitaine-verne_809817.html. Acesso em: 15 out. 2020.
SEELYE, John. Introduction: The Swiss Family Robinson. Children’s Literature Association Quarterly, 1990 Proceedings, p. 4-12, 1990. DOI: https://doi.org/10.1353/chq.1990.0003. Disponível em: https://muse.jhu.edu/article/457521. Acesso em: 15 out. 2020.
TOURNIER, Michel. Sexta-Feira ou os limbos do Pacífico. Tradução de Fernanda Botelho. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
VASCONCELOS, Sandra Guardini. A formação do romance inglês: ensaios teóricos. São Paulo: Aderaldo & Rothschild: Fapesp, 2007.
VERNE, Júlio. A escola dos Robinsons. Tradução de Assis de Carvalho. Lisboa: Livrarias Aillaud & Bertrand; Rio de Janeiro: Livraria Franciso Alves, [18--?]. (Grande Edição Popular das Viagens Maravilhosas aos Mundos Conhecidos e Desconhecidos).
WYSS, R. [sic]. O Robinson suíço. Tradução de Rosa de Murillo. Paris: Rio de Janeiro: Livraria Garnier Irmãos, [18--?]. 2 v.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Daniel Bonomo (Autor)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Authors who publish with this journal agree to the following terms:Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution Non-Commercial No Derivatives License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).