Impacto da prótese dentária total removível na qualidade de vida de idosos em Grupos de convivência de Belo Horizonte - MG
Palavras-chave:
Prótese total, Assistência odontológica para idosos, Qualidade de vidaResumo
Resultados de um recente estudo epidemiológico nacional de saúde bucal revelaram um alto percentual de idosos edêntulos, muitos destes, necessitando de reabilitação protética. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da reabilitação com próteses totais removíveis na qualidade de vida de idosos, independentes, que participavam de atividades sociais. O universo de estudo foi constituído por idosos que participavam dos Grupos de Convivência conveniados a Prefeitura de Belo Horizonte (Brasil) em 2004. O cálculo amostral foi feito pelo método de proporção (intervalo de confiança de 95%, erro a de 0,05 e um percentual de impacto de 80%). Depois de ajustado para uma população finita, o tamanho da amostra foi determinado em 245 indivíduos (n=245), proporcionalmente dividido pelas 9 regionais administrativas da cidade. Os indivíduos foram entrevistados no próprio Grupo de convivência, por um único pesquisador, utilizando o Índice de Avaliação Bucal Geriátrico (GOHAI). Os resultados foram organizados em Gráficos e Tabelas para apresentação dos resultados. O valor médio do GOHAI foi 36.82 (± 5.75). Dos entrevistados, 26% relataram “sempre” ter limitações da função mastigatória; 19% disseram “às vezes” ter dificuldade de deglutição; 69% “nunca” restringiam seus contatos sociais em função de sua aparência, e 22% “sempre” usavam medicamentos para alívio de dor ou desconforto. As próteses dentárias totais removíveis possuem limitações com impacto sobre a qualidade de vida, indicando a necessidade de investimento em programas de promoção de saúde para a preservação dos elementos dentários naturais.
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