Uso de equipamentos de proteção individual entre cirurgiões-dentistas de Montes Claros, Brasil
Palavras-chave:
Exposição a agentes biológicos, Saúde do trabalhador, OdontologiaResumo
Esse estudo avaliou a prevalência e os fatores associados do uso de equipamentos de proteção individual entre os cirurgiões-dentistas e as principais razões alegadas para o não uso. Os cirurgiões-dentistas em atividade clínica em Montes Claros/MG responderam a um questionário estruturado previamente testado, com variáveis referentes à caracterização do cirurgião-dentista e de sua clientela, ao uso de cada Equipamento de Proteção Individual (EPI) e aos principais motivos alegados para o não uso de EPI (CEP/Funorte: 001/ 2007). Os dados foram submetidos à análise descritiva, bivariada e análise de Poisson empregando o pacote estatístico SPSS v. 15.0. Um total de 297 profissionais (89,2%) participou, sendo a maioria do sexo feminino, casados e com especialização como maior titulação. A prevalência de uso de cada um dos EPI 100% do tempo foi: luvas (88,5%), máscara (81,7%), avental (76,8%), gorro (62,2%) e óculos de proteção (51,9%). O uso de todos os equipamentos, simultaneamente, 100% do tempo, foi relatado por 36,6%. Os motivos mais comuns para o não uso foram: achar desnecessário para máscara, avental e gorro; dificultam o trabalho para luvas e óculos. Foram significativamente associados ao uso de todos os equipamentos 100% do tempo: sexo (OR=1,67), realização de pausas entre cada paciente (OR=1,48) e não vacinação contra hepatite B (OR=0,32). O uso de EPI ainda é negligenciado pelos cirurgiões-dentistas de Montes Claros, que justificam o não uso, principalmente, por considerá-los desnecessários ou dificultadores da prática. O uso de EPI é maior entre mulheres, entre cirurgiões-dentistas que realizam pausas entre cada paciente e naqueles que foram vacinados contra hepatite B.
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