Frequência de identificação e notificação de abuso físico infantil por profissionais da Estratégia Saúde da Família e relação com fatores socioeconômicos

Autores

  • Fernando Silva-Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Carlos Inácio Andrade Universidade Federal de Minas Gerais
  • Mariana Oliveira Guimarães Universidade Federal de Minas Gerais
  • Raquel Conceição Ferreira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Efigênia Ferreira e Ferreira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Patrícia Maria Zarzar Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.7308/aodontol/2017.53.e09

Palavras-chave:

Maus-tratos infantis, Estratégia Saúde da Família, Notificação compulsória

Resumo

Objetivo: Avaliar a frequência de identificação e notificação de abuso físico infantil (AFI) por profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) e fatores associados em regionais com diferente vulnerabilidade social de Belo Horizonte, Brasil.

Métodos: Trata-se de um estudo transversal com amostra de conveniência de pediatras, dentistas, médicos da família e enfermeiros, de dois distritos da ESF de Belo Horizonte, Brasil. Os distritos foram selecionados tomando como referência os índices de vulnerabilidade social. Os profissionais foram convidados a responder um questionário autoaplicável desenvolvido na Universidade de Londres, adaptado para o uso no Brasil. Foram realizadas análises descritivas e analíticas, utilizando o teste qui-quadrado de Pearson (p<0,05).

Resultados: Participaram do estudo 144 profissionais: 35 (24,3%) dentistas, 46 (31,9%) enfermeiros, 45 (31,2%) médicos da família e 18 (12,5%) pediatras. Do total, 86 (59,7%) profissionais já identificaram algum caso de AFI na experiência profissional, mas apenas 38 (26,4%) notificaram às autoridades. A identificação e notificação estiveram associadas à categoria profissional (p < 0,001) e aos profissionais que realizaram pós-graduação com enfoque na criança (p < 0,001). A vulnerabilidade das regionais não esteve associada à identificação e notificação dos casos de AFI (p = 0,754).

Conclusão: A identificação e notificação de casos de AFI associaram-se aos profissionais com formação voltada para o atendimento da criança e com a categoria profissional, sendo o pediatra e o enfermeiro os que mais identificaram e notificaram. A vulnerabilidade social da regional não esteve associada com a identificação e notificação.

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Publicado

2023-03-01

Como Citar

Silva-Oliveira, F., Andrade, C. I., Guimarães, M. O., Ferreira, R. C., Ferreira, E. F. e, & Zarzar, P. M. (2023). Frequência de identificação e notificação de abuso físico infantil por profissionais da Estratégia Saúde da Família e relação com fatores socioeconômicos. Arquivos Em Odontologia, 53. https://doi.org/10.7308/aodontol/2017.53.e09

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