Urgências odontológicas em uma Unidade de Saúde vinculada à Estratégia Saúde da Família de Montes Claros, Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.7308/aodontol/2012.48.3.07Palavras-chave:
Identificação de emergência, Odontologia, Saúde PúblicaResumo
Objetivo: Identificar os casos de urgência odontológica na Estratégia Saúde Família, em Montes Claros, Minas Gerais caracterizando o usuário pelo perfil sociodemográfico, de comportamento em saúde, estilo de vida e condição sistêmica.
Materiais e Métodos: Trata-se de estudo transversal e quantitativo, de base documental. Foram avaliados 164 prontuários odontológicos, de adultos e idosos, atendidos entre 2008 e 2010. A análise dos dados foi por meio do teste χ2 de Pearson e pelo teste t de Student considerando o nível de significância p<0,05.
Resultados: A idade média dos usuários foi de 35,0 anos (±12,9), sem diferença estatística entre os sexos (p=0,06). As mulheres (63,4%) e os alfabetizados (97,6%) utilizaram mais o serviço de urgência. A presença de alguma doença sistêmica foi registrada em 22,6% dos documentos. A média de escovação dental diária foi de 2,73 (±8,15), com diferença significativa para etilismo e sexo (p<0,05). A maioria dos homens e das mulheres não faz uso de fio dental (p=0,15). Cerca de 37,0% dos pacientes concluíram o tratamento, não sendo associada à condição sistêmica, ao tabagismo e ao etilismo (p>0,05). A dor foi a principal queixa que motivou a procura pelo serviço, sendo a cárie o diagnóstico mais frequente.
Conclusão: A maioria das pessoas que procurou pelo serviço de urgência odontológica é do sexo feminino e possui idade média de 35 anos. A cárie foi o problema mais constatado, sendo a procura pelo serviço motivada, principalmente, pela dor.
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