Avaliação da sensibilidade dos agentes etiológicos causadores da mastite subclínica a antimicrobianos em vacas leiteiras
Resumo
A terapia antimicrobiana é fundamental no controle e prevenção da mastite subclínica e é determinante para a erradicação da doença em um rebanho, porém o acesso facilitado e a utilização indiscriminada dos antimicrobianos podem ter contribuído para o aumento progressivo da resistência bacteriana. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a sensibilidade dos agentes causadores da mastite subclínica aos antimicrobianos e identificar aquele de maior eficácia para o tratamento de mastite subclínica em vacas leiteiras. O estudo foi realizado com 156 vacas em lactação provenientes de três fazendas da região de Bocaiúva-MG, onde se coletou 5 ml de leite do quarto mamário positivo ao teste do CMT, que não apresentou indicativo de mastite clínica. As amostras foram encaminhadas ao Laboratório de Microbiologia das Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE, onde se realizou a cultura bacteriana e a técnica de difusão em discos. Das 51 amostras isoladas de leite que apresentaram mastite subclínica, reagentes ao CMT, 60,78% foram positivas ao exame microbiológico, sendo 3,23%, detectada como Streptococcus spp., 12,90%, como Bacilos gram negativos e 83,87, como Staphylococcus spp. Dentre os antimicrobianos testados para Staphylococcus spp. a gentamicina apresentou maior eficácia com 96,15% de sensibilidade, seguido da amicacina e cefalexina que apresentaram sensibilidade de 92,31%, a Penicilina G foi a menos eficaz, com resistência de 73,08%. Entre os 26 isolados testados, 26,92%, apresentaram MAR ≥ 0,2. A gentamicina, seguida da amicacina e cefalexina, são os antimicrobiano de maior eficiência para o tratamento da mastite subclínica em vacas de leite na região de Bocaiúva/MG.
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