Efeito do armazenamento nas propriedades físico-químicas do óleo de Mauritia flexuosa L. f. (Arecaceae) oriundas do norte de Minas Gerais
Palavras-chave:
Óleo. “Buriti”. Ácido oléico.Resumo
Objetivou-se analisar as propriedades físico-químicas do óleo dos frutos de Mauritia flexuosa (buriti) bem como: índice de acidez, viscosidade, densidade, índice de refração e perfil de ácidos graxos em função do tempo e armazenamento. O óleo dos frutos de “buriti” foi armazenado em recipientes de vidro transparente e âmbar, sendo armazenado ao ambiente (30ºC) e freezer (-20ºC), por um período de 105 dias, e a avaliação do óleo foi realizada quinzenalmente. No período avaliado, o óleo dos frutos de “buriti” apresentou 70,6% de ácido graxo oleico, além da composição de carotenóides totais (1.122 µg/g-1 de β caroteno) e tocoferóis (89 mg/100g de óleo). Os valores da acidez em função do tempo de armazenamento não apresentaram diferenças significativas (p>0,05). Embora tenha ocorrido aumento da acidez em relação ao tempo na temperatura ambiente (30ºC). Conforme os resultados, o óleo de buriti é caracterizado pela maior quantidade de ácidos graxos insaturados, prevalecendo o ácido graxo oléico. O óleo manteve-se estável no decorrer do período estipulado, demonstrando assim a grande importância dos carotenóides presentes neste óleo, confirmando a estabilidade oxidativa deste, embora ainda necessite de mais estudos relacionados ao armazenamento adequado.Downloads
Referências
ALMEIDA, S. P.; SILVA, J. A. Piqui e Buriti: Importância alimentar para a população dos Cerrados. Planaltina, DF: EMBRAPA-CPAC, 1994. 38 p.
AMBRÓSIO, C. L. B.; CAMPOS, F.; FARO, Z. Carotenóides como alternativa contra a hipovitaminose A. Revista de Nutrição, v. 19, n.1, p. 233-243, 2006.
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Resolução RDC nº 270, de 22 de setembro de 2005.
ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. AOC. Official Methods of Analysis of AOAC International. 17th. v. II., 2000.
ARRUDAS, S.R. et al. Avaliação do efeito da temperatura na acidez do óleo de frutos de buriti, Mauritia flexuosa L.f, oriundas do Norte de Minas Gerais. In: XXVIII ENCONTRO REGIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 2014, Poços de Caldas. Anais eletrônicos... Poços de Caldas: 2014. Disponível em: http://www.unifal-mg.edu.br/ersbq2014/node/76. Acesso em 10 jan. 2017.
BAHIA, T. O. et al. Veredas na APA do Rio Pandeiros: importância, impactos ambientais e perspectivas. MG.BIOTA, Belo Horizonte, v. 2, n. 3, 2009.
BROCK, J; et al. Determinação experimental da viscosidade e condutividade térmica de óleos vegetais. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 28, n. 3, 2008.
CASSINO, R. F.; MARTINHO, C. T.; CAMINHA, S. A. F. S. Modern pollen spectra of the Cerrado vegetation in two national parks of Central Brazil, and implications for interpreting fossil pollen records. Review of Palaeobotany and Palynology, v. 223, p. 71-86, 2015.
CICONINI, G. Caracterização de frutos e óleo de polpa de macaúba dos biomas Cerrado e Pantanal do Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. 2012. 128 f. (mestrado em Biotecnologia) Dissertação. Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande. 2012.
DARNET, S. H.; et al. Nutritional composition, fatty acid and tocopherol contents of buriti (Mauritia flexuosa) and patawa (Oenocarpus bataua) fruit pulp from the amazon region. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 31, p. 488-491, 2011.
FORZZA, R.C. et al. Angiospermas in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB128482>. Acesso em: 16 jan. 2017.
GIUGLIANO, D.; ESPOSITO, K. Mediterranean Diet and Metabolic Diseases. Current Opinion Lipidology, v. 19, n.1, p. 63-68, 2008.
HIANE, P.A. et al. Carotenóides Pro-Vitamínicos e a Composição em Ácidos Graxos do Fruto e da Farinha do Bacuri (Sheelea phalerata Mart.). Campinas: Boletim Técnico, 2003, 208 p.
HIDALG, F.; NOGALES, F.; ZAMORA R. The role of amino phospholipids in the removal of the cito-and geno-toxic aldehydes produced during lipid oxidation. Food Chemical Toxicology, v. 46, p. 43-8, 2007.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. IAL. Normas Analíticas, Métodos Químicos e físicos para análises de alimentos. São Paulo, 4º ed, São Paulo, Instituto Adolfo Lutz, v.1, 2005.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE. Mapas de Biomas do Brasil: Primeira Aproximação, Rio de Janeiro: IBGE. 2004.
LIMA, A. et al. Composição química e compostos bioativos presentes na polpa e na amêndoa do pequi (Caryocar brasiliense, Camb.). Revista Brasileira de Fruticultura, v. 29, p. 695-698, 2007.
OLIVEIRA, L. D. Viabilidade econômica de algumas espécies medicinais nativas do cerrado. 302 estudos, Goiânia, v. 38, n. 2, p. 301-332, 2011.
PAULA MOTA, M. M. et al. Desacidificação do óleo de Babaçu (Orbignya phalerata, Mart.) pelo Processo de Extração Líquido-líquido visando seu uso na Produção de Biodiesel. Enciclopédia Biosfera, v. 6, p. 1-13, 2010.
RESENDE, I. L. M. et al. Estrutura etária de populações de Mauritia flexuosa L. f. (Arecaceae) de veredas da Região Central de Goiás, Brasil. Revista Árvore, Viçosa, v. 36, p. 103-112, 2012.
REVISTA FOOD INGREDIENTS BRASIL. Os Antioxidantes Nº6-2009.
SAMPAIO, M. B., CARRAZZA, L. R. Manual Tecnológico de Aproveitamento Integral do Fruto e da Folha do Buriti (Mauritia flexuosa). Brasília, DF: Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), 2012. 76 p.
SANTOS, A. O. et al. Atividade antibacteriana e antioxidante de óleos essenciais cítricos com potencialidade para inclusão como aditivos em alimentos. Caderno de Ciências Agrárias, Montes Claros, v. 8, n. 3, p. 15-21, 2016.
SILVA, C. R. Bioativos tropicais com eficácia comprovada. Cosmetics & Toiletries, v. 14, n. 1, 2002.
US DEPARTMENT OF AGRICUTURE, A.R.S. Nutrient Intakes From food: Men Amounts consumed per individual onde day, 2005-2006. Disponível em <http://www.ars.usda.gov/ba/bhnrc/frsg>. Acesso em 10 out. 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são de direito do autor. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.