Caracterização da comercialização de carne bovina no município de Montes Claros-MG
Palavras-chave:
Abate clandestino, consumo de carne, abate de bovinosResumo
A bovinocultura de corte é um dos setores que mais movimentam a economia nacional. Em razão do elevado consumo de carne bovina em todo país, vem às preocupações com os riscos que esse alimento expõe a população, principalmente quando é oriunda de um abate não fiscalizado, pois, animais doentes, manipulação errônea durante o abate e armazenamento impróprio tornam este produto um importante veículo de patologias ao consumidor final, gerando riscos a sua saúde e gastos com tratamento e medicações, tanto por parte do indivíduo quanto dos órgãos de saúde pública. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a comercialização de carne bovina no município de Montes Claros, Minas Gerais. Avaliou-se a demanda de consumo mensal do município, cerca de 893.798,40 Kg de carne, baseando-se em dados do IBGE para população e média per capta de consumo. Calculou-se partir de notas fiscais dos estabelecimentos varejistas, somado ao abate realizado em estabelecimento sob inspeção sanitária no município, o volume de 568.832,43 kg de carne inspecionada consumido em Montes Claros, o que representa 63,64% da demanda de consumo, estimando, portanto que 36,36% do total de carne bovina consumida são oriundas de abate clandestino. Comparando com uma média de 15% do estado de Minas Gerais, seria algo para reflexão das autoridades sobre medidas a serem tomadas para coibição do abate clandestino e conscientização da população da importância do consumo de carne inspecionada.
Downloads
Referências
Antunes, A. R.; Oliveira G L.; Salema, R. B. 2016. Pesquisa de coliformes em carne bovina comercializada no município do Vale do Jequitinhonha – MG. Higiene Alimentar 30: 83-86.
Brasil. 2018. Agronegócio impulsiona avanço do PIB do 1º trimestre, aponta IBGE. Governo do Brasil. Disponível em:
http://www.brasil.gov.br/noticias/economia-e-financas/2018/05/agronegocio-impulsiona-avanco-do-pib-no-1-trimestre-aponta-ibge.
Brasil. 2016. Dados do rebanho bovino e bubalino no Brasil-2016. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/febre-aftosa/documentos-febre-aftosa/copy2_of_DadosderebanhobovinoebubalinodoBrasil_2016.pdf.
Brasil. 2017. Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017. Dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal. Casa Civil. 2017 mar. P. 1-77. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/Decreto/D9013.htm.
Brasil. 1950. Lei n.º 1.283, de 18 de dezembro de 1950. Dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos produtos de origem animal. Casa Civil. 1950 dez. p.1-4. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L1283.htm.
CEPEA/USP. 2014. Abate não fiscalizado de bovinos é estimado pelo Cepea/USP em menos de 10%. Disponível em:
https://www.cepea.esalq.usp.br/br/releases/release-6668.aspx.
IBGE. 2018(a). Pesquisa trimestral do abate de animais, primeiro trimestre de 2018. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/3087/epp_pr_2018_1tri.pdf.
IBGE. 2018(b). Pesquisa trimestral do abate de animais, segundo trimestre de 2018. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/3087/epp_pr_2018_2tri.pdf.
IBGE. 2018(c). Pesquisa trimestral do abate de bovinos de acordo com quantidade, peso de carcaças e número de frigoríficos no estado de Minas Gerais em 2018. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1092#resultado.
IBGE. 2018(d)População do município de Montes Claros-MG. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/montes-claros/panorama.
Faustino, M. A. G.; Lima, M. M.; Alves, L. C.; Santos, A. L. G.; Santanam V. L. A. 2003. Causas de condenação à inspeção sanitária em abatedouro de bovinos da cidade de Valença, Rio de Janeiro. Higiene Alimentar 17: 32-35.
Jurca, P. Rendimento de carcaça em frigoríficos do Brasil. [SCOT consultoria] 2014. Disponível em: https://www.scotconsultoria.com.br/noticias/artigos/37616/rendimento-de-carcaca-em-frigorificos-do-brasil-.htm.
Oliveira, N. M. S.; Nascimento, L. C.; FIorini,J. E. 2002. Isolamento e identificação de bactériasfacultativas mesofílicas em carnes frescas bovinas e suínas. Higiene Alimentar16: 68-74.
Peixoto, S. T.; Blanes, M. E. C.; Pyrrho, A. S. 2013. Abate clandestino: uma questão a ser enfrentada. Higiene Alimentar 27: 42-46.
Pereira, A. S. C.; Lopes, M. R. F.; Cônsolo, N. R. B. 2011. Desafios e oportunidades para a produção e consumo de carne nos próximos anos. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Universidade de São Paulo. Disponível em: http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/44351/desafios_e_oportunidades_para.pdf?sequence=2&isAllowed=y.
Pigatto, C. P.; Barros, A. R. 2003. Qualidade da carne moída bovina resfriada, comercializada emaçougues da região de Curitiba. Higiene Alimentar17: 53-57.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são de direito do autor. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.