Uma flor de plástico entre as ruínas do cotidiano

a poesia desencantada de Golgona Anghel

Autores

  • Leonardo von Pfeil Rommel Universidade Federal de Pelotas (UFPel) | Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-0739.24.1.360-373

Palavras-chave:

Pós-modernidade, Golgona Anghel, poesia, cotidiano, tradição literária

Resumo

O presente artigo analisa a forma como a poesia de Golgona Anghel elabora um olhar crítico e desencantado sobre o mundo contemporâneo e sobre a tradição literária na pós-modernidade em seu livro Como uma flor de plástico na montra de um talho (2013). Sua poesia, através de um discurso desolado, busca efetivar a criação de uma espécie de épica do banal, responsável por representar os problemas e dramas existenciais do homem no mundo cotidiano. Através de um discurso poético que renega os modelos estéticos da tradição lírica clássica, sua poesia pode ser considerada como uma espécie de contra-poesia que desafia e denuncia os sistemas reguladores da arte e da vida na pós-modernidade.

 

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Biografia do Autor

  • Leonardo von Pfeil Rommel, Universidade Federal de Pelotas (UFPel) | Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

    Mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Doutorando em Estudos de Literatura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Referências

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Publicado

2019-03-01

Edição

Seção

Em Tese