Uma flor de plástico entre as ruínas do cotidiano
a poesia desencantada de Golgona Anghel
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-0739.24.1.360-373Palavras-chave:
Pós-modernidade, Golgona Anghel, poesia, cotidiano, tradição literáriaResumo
O presente artigo analisa a forma como a poesia de Golgona Anghel elabora um olhar crítico e desencantado sobre o mundo contemporâneo e sobre a tradição literária na pós-modernidade em seu livro Como uma flor de plástico na montra de um talho (2013). Sua poesia, através de um discurso desolado, busca efetivar a criação de uma espécie de épica do banal, responsável por representar os problemas e dramas existenciais do homem no mundo cotidiano. Através de um discurso poético que renega os modelos estéticos da tradição lírica clássica, sua poesia pode ser considerada como uma espécie de contra-poesia que desafia e denuncia os sistemas reguladores da arte e da vida na pós-modernidade.
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Referências
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