Da formação ao profissional: a entrada no contexto de ação futebolístico

Conteúdo do artigo principal

Everton de Albuquerque Cavalcanti
André Mendes Capraro

Resumo

A subjetividade e a estrutura determinam a dinâmica dos sujeitos no espaço em que competem mutuamente. Esse é o caso de quem pretende se tornar atleta de futebol profissional e passa por um percurso competitivo em uma prática marcada pelo excesso de pés-de-obra. Trata-se de uma cultura que perpassa gerações e atribui a carreira esportiva representativa como objetivo de vida, necessitando de uma leitura das diferenças entre jogar futebol por prazer e encará-lo como profissão. Objetivamos então, retratar memórias de atletas e ex-atletas de futebol profissional com relação a inserção nessa carreira. Compreendemos que essa inserção se consolidou de duas maneiras: 1) em alguns casos, as memórias não foram representativas, visto que a subjetividade notabilizava a facilidade que encontraram para entrar nesse espaço. 2) outras histórias denotam a representatividade que os sujeitos atribuem as suas memórias, visto que as narrativas detalhistas expõem as dificuldades para ingressar no meio do futebol.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI, E. .; MENDES CAPRARO, A. Da formação ao profissional: a entrada no contexto de ação futebolístico. FuLiA/UFMG , Belo Horizonte/MG, Brasil, v. 4, n. 2, p. 9–24, 2020. DOI: 10.17851/2526-4494.4.2.9-24. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/fulia/article/view/22058. Acesso em: 28 mar. 2024.
Seção
DOSSIÊ
Biografia do Autor

Everton de Albuquerque Cavalcanti, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em Educação Física pela UFPR. Professor Adjunto do curso de Educação Física da UFMS - Campus Pantanal (CPAN).

André Mendes Capraro, UFPR

Professor Associado do Departamento de Educação Física da UFPR. Doutor em História pela UFPR.

Share |

Referências

ALBERTI, V. Manual de história oral. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2005.
ALBERTI, V. O fascínio do vivido, ou o que atrai na história oral. Rio de Janeiro: CPDOC, 2003.
BOSI, E. O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.
BRUNER, J. Fabricando histórias: Direito, literatura, vida. São Paulo: Letra e Voz, 2014.
DAMO, Arlei Sander. Do dom à profissão: uma etnografia do futebol de espetáculo a partir da formação de jogadores no Brasil e na França. (Tese de Doutorado em Antropologia Social). UFRGS, Porto Alegre, 2005.
DELGADO, L. A. N. História oral e narrativa: tempo, memória e identidades. Revista História Oral, Rio de Janeiro, v. 6, p. 9-25, 2003.
DELGADO, L. A. N. História oral: memória, tempo, identidades. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2013.
PATAI, D. História oral, feminismo e política. São Paulo: Letra e Voz, 2010.
PORTELLI, A. A filosofia e os fatos: narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais. Tempo, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 59-72, 1996.
PORTELLI, A. Ensaios de história oral. São Paulo: Letra e Voz, 2010.
PORTELLI, A. História oral como arte da escuta. São Paulo: Letra e Voz, 2016.
PORTELLI, A. O que faz a história oral diferente. Projeto História, n. 14, p. 25-39, fev., 1997.
SMITH, R. C. Circuitos de subjetividade: História oral, o acervo e as artes. São Paulo: Letra e Voz, 2012.
THOMPSON, P. A voz do passado. São Paulo: Paz e Terra, 1992.