O Escravo, de Isaac Bashevis Singer
uma parábola atemporal
DOI:
https://doi.org/10.35699/1982-3053.2024.54394Palavras-chave:
Rebelião de Chmelnitsky, Normalização, Isaac Bashevis SingerResumo
Isaac Bashevis Singer, escritor judeu nascido na Polônia em 1904 viveu grande parte de sua vida nos EUA onde publicou todas suas obras originalmente em ídiche, a língua franca dos judeus da Europa oriental, e onde faleceu em 1991. Não obstante ter se dedicado a temáticas judaicas, a importância de sua obra transcende o público leitor judaico. Seu valor universal foi reconhecido pela Academia Sueca, que lhe outorgou o prêmio Nobel de Literatura de 1978. Pode-se dizer que Singer, através do particular, atingiu o universal. No romance O Escravo Singer utiliza como pano de fundo o evento histórico conhecido como “rebelião de Chmelnitsky” (1648 a 1654), quando o povo judeu foi vítima de um dos piores massacres de toda sua história até então, comparável à destruição do Templo de Jerusalém no ano 586 AEC e à expulsão da Espanha em 1492, sendo somente superado no século XX pela tragédia da Shoah. Neste artigo temos como objetivo, através da análise da narrativa literária das ações e reações dos personagens envolvidos no pós-trauma, mostrar a normalização destas relações como paradigma para uma possível forma de lidar com a catástrofe, fenômeno tão recorrente na história.
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