Desterritorializando e reterritorializando um shtetl nos trópicos. Leitura do romance A guerra no Bom Fim, de Moacyr Scliar
DOI:
https://doi.org/10.17851/1982-3053.7.13.149-166Palabras clave:
Territorialização, Hibridação, Moacyr ScliarResumen
A noção de fronteira, vista como um limite fixo, imóvel, vem dando lugar no discurso da pós-modernidade a espaços itinerantes em que se destacam relações identitárias transitórias, fluidas, errantes, marcadas pela pluralidade das travessias culturais. Apoiando-nos no conceito de desterritorialização/reterritorialização criado por Gilles Deleuze e reavaliado por Néstor García Canclini, o presente artigo analisa as diferentes etapas de tal processo no romance A guerra no Bom Fim (1972), de Moacyr Scliar.
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