As velhas amas das óperas venezianas seiscentistas

um elo entre o teatro falado e cantado

Autores

  • Ligiana Costa Universidade Estatal de Milão

DOI:

https://doi.org/10.35699/2317-6377.2008.54929

Palavras-chave:

ópera veneziana, teatro, commedia dell’arte

Resumo

A partir da análise dos personagens de velhas amas de leite e de velhas em geral se definirão as relações e os limites de convergência entre o teatro falado e cantado do século XVII. Depois de traçar um breve histórico destes personagens no teatro falado, examinaremos a entrada destes nos libretos de ópera italianos, concluindo com algumas observações relativas a questões musicais e de práticas performáticas. A presença de velhas amas nos libretos venezianos em torno de 1660 era considerada fundamental para o sucesso da ópera, ao lado de outros topoi fixos. A tradição destes personagens, no teatro falado e cantado, demonstra que eram interpretados por homens “en travesti”. Este é um ponto crucial que nos oferece a possibilidade de refletir sobre questões de performance, mas também sobre a percepção seiscentista das velhas mulheres.

Biografia do Autor

  • Ligiana Costa , Universidade Estatal de Milão

    Ligiana Costa, bolsista da CAPES, é doutoranda em musicologia no Centro de Estudos Superiores da Renascença (CESR) da Universidade de Tours e da Universidade Estatal de Milão. Sua formação inclui um bacharelado em canto lírico na UnB e um mestrado em filologia de textos musicais da renascença e da idade média na Universidade de Pavia, Faculdade de Musicologia de Cremona.

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Publicado

2008-01-01

Edição

Seção

Artigos em Português/Espanhol

Como Citar

“As Velhas Amas Das óperas Venezianas Seiscentistas: Um Elo Entre O Teatro Falado E Cantado”. 2008. Per Musi, nº 17 (janeiro): 26-31. https://doi.org/10.35699/2317-6377.2008.54929.