Como Dizer do Brilho? Entre Sentidos Científicos e do Hip-hop para Ensinar Ciências
DOI:
https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2022u375401Palavras-chave:
Conhecimento Científico, Brilho, Hip-hopResumo
O conhecimento científico e suas formas de apropriação social mobilizam o fazer-ser dos sujeitos, conforme a formação imaginária que os constitui. Com isso, descrevemos e interpretamos a forma-conteúdo do termo ‘brilho’, em textos e discursos de rap (rhythm and poetry), por transições de sentido que o formulam, tanto como fenômeno luminoso quanto dizer social. De letras musicais e de audiovisuais de rappers brasileiros, como: o paulista Emicida, a curitibana Karol de Souza e o soteropolitano Baco Exu do Blues, analisamos a produção de sentidos de ‘brilho’, em articulação com o conhecimento científico e outras leituras, indicando possibilidades de discussões interdisciplinares e interculturais para o ensino de ciências. Campo de análise instigante, e em disputa no espaço-tempo escolar, linguagens dissidentes e formações discursivas racializadas desvelam uma urgente função social, na Educação em Ciências: a promoção de equifonias e equipotências étnico-raciais.
Downloads
Referências
Adjapong, E. S. (2019). Towards a practice of emancipation in urban schools: a look at student experiences through the Science Genius Battles Program. The Journal of Ethnic and Cultural Studies, 6(1), 15–27. http://dx.doi.org/10.29333/ejecs/136
Baco Exu do Blues. (2018, 23 de novembro). Bluesman (Filme Oficial) [Vídeo]. YouTube. http://www.youtube.com/watch?v=-xFz8zZo-Dw
Barreto, F. C. (2017). Biocionário: a compreensão de cada termo da Biologia desde a origem etimológica até sua função biológica. Amazon.
Berna, F., Goldberg, P., Horwitz, L. K., Brink, J., Holt, S., Bamford, M., & Chazan, M. (2012). Microstratigraphic evidence of in situ fire in the Acheulean strata of Wonderwerk Cave: Northern Cape province: South Africa. PNAS, 109(20), E1215–E1220. http://doi.org/10.1073/pnas.1117620109
Borges, J. (2019). Encarceramento em massa. Jandaíra.
Brgoogle. (2006, 7 de novembro). MV Bill fala sobre Movimento Negro [Vídeo]. YouTube. http://www.youtube.com/watch?v=EKjfUysPFDo
Coss, R. G., Ruff, S., & Simms, T. (2003). All That Glistens: II. The Effects of Reflective Surface Finishes on the Mouthing Activity of Infants and Toddlers. Ecological Psychology, 15(3), 197–213. http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1207/S15326969ECO1503_1
Costa, C. L., & Funck, S. B. (2017). O Antropoceno, o pós-humano e o novo materialismo: intervenções feministas. Revista Estudos Feministas, 25(2), 903–908. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9584.2017v25n2p903
Davallon, J. (2015). A imagem, uma arte de memória? (J. H. Nunes, Trad.). In P. Achard, J. Davallon, J-L. Durand, M. Pêcheux, & E. P. Orlandi, Papel da memória (pp. 21–34). Pontes.
De-Carvalho, R. (2019). Qual a cor do imaginário ‘cientificamente comprovado’? Posição que cala, lugar de fala (pp. 1–21). In ECT e decolonialidade: reflexões e diálogos [Blog]. http://cutt.ly/PE9Kcg8
Emicida. (2013, 22 de agosto). Emicida — Bang! (Feat: Adriana Drê) [Vídeo]. YouTube. http://www.youtube.com/watch?v=WKiWQGpP0zQ
Emicida, Ogi, Rael, & Vassão, F. (2013). Bang! (Part. Adriana Drê) [9ª faixa]. In Emicida. O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui [Álbum discográfico]. http://www.vagalume.com.br/emicida/bang-part-adriana-dre.html
Elza Soares. (2014, 12 de maio). A Carne [Vídeo]. YouTube. http://www.youtube.com/watch?v=yktrUMoc1Xw
Escola de Engenharia de Lorena/USP (2019). Processos Químicos Industriais I: Fósforo e Ácido fosfórico. http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5840581/282/Apres%2004.pdf
Ferreira, K. A. A. (2020). Decolonialidade quadrinística na educação em ciências: um olhar para heróis de histórias em quadrinhos brasileiras (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina). Repositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216713
Fonseca, S. S., & Moreira, M. A. R. (2019). Saberes ancestrais e educação: Ciências Naturais sob os olhares da diáspora. In S. Cassiani, & I. Von Linsingen, Resistir, (re)existir e (re)inventar a educação científica e tecnológica (pp. 314–332). NUP/CED/UFSC.
Freire, P. (2011). A importância do ato de ler: em três artigos que se complementam (51ª ed.). Cortez.
Freire, P. (1981). Ação cultural para a liberdade: e outros escritos (5ª ed.). Paz e Terra.
Galieta, T. (25–27 de janeiro, 2021). A corporalidade negra nas músicas do rapper Emicida: referências para o Ensino de Ciências. VIII Encontro Nacional de Ensino de Biologia (online) (ENEBIO), Campina Grande, Paraíba.
Ganhor, J. P. (2016). Ciência, tecnologia e o Rap: contribuições à educação científica e tecnológica em periferias urbanas (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina). Repositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169080
Instituto de Geociências/USP. (s/d.). Propriedades e identificação de minerais. https://didatico.igc.usp.br/minerais/identificacao-de-minerais/
Kenna, L. (2013). The brilliance of bioluminescence [Video]. TEDEd. https://ed.ted.com/lessons/the-brilliance-of-bioluminescence-leslie-kenna
Karol de Souza. (2016, 3 de junho). Quem é que tem o poder? [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=eJ-5XIilhmg
Karol de Souza. (2014). Quem é que tem o poder? [Música]. https://www.vagalume.com.br/karol-de-souza/quem-e-que-tem-o-poder.html
Machado, I. M., & Giraldi, P. M. (2019). Leitura, linguagem e saber: reflexões a partir da análise discursiva de dois textos no contexto da educação em ciências. Ensaio: Pesquisa em Educação em Ciências, 21(e12152), 1–21. http://dx.doi.org/10.1590/1983-21172019210118
Mundo Estranho (18 de abril, 2011). O que é fogo-fátuo?. Superinteressante: Ciência. https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-fogo-fatuo/
Orlandi, E. P. (2017). Eu, tu, ele: discurso e real da história (2ª ed.). Pontes.
Orlandi, E. P. (2015a). Análise de discurso: princípios e procedimentos (12ª ed.). Pontes.
Orlandi, E. P. (2015b). Maio de 1968: os silêncios da memória (J. H. Nunes, Trad.). In P. Achard, J. Davallon, J-L. Durand, M. Pêcheux, & E. P. Orlandi, Papel da memória (pp. 53–63). Pontes.
Oyěwùmí, O. (2017). La invención de las mujeres: una perspectiva africana sobre los discursos occidentales del género (A. M. González, Trad.). La Frontera.
Peduzzi, L. O. Q. (2008). Evolução dos conceitos da Física: do átomo grego ao átomo de Bohr. http://www.if.ufrgs.br/~lang/Textos/Textos_Peduzzi/Atomo_grego_Bohr.pdf
Santos, B. S. (2010). Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In B. S. Santos, & M. P. Meneses (Orgs.), Epistemologias do Sul (pp. 31–83). Cortez.
Silva, H. C. (2014). Ciência, política, discurso e texto: circulação e textualização: possibilidades no campo da educação científica e tecnológica. Ciência & Ensino, 3(1), 72–94.
Silveira, J. C. (2018). Entre dizeres e silêncios: sobre iniciação científica na Educação Básica: o movimento de sentidos na escola (Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina). Respositório Institucional da UFSC. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/198629
Von Linsingen, I. (2007). Perspectiva educacional CTS: aspectos de um campo em consolidação na América Latina. Ciência & Ensino, 1(núm. esp.), 1–19. http://wiki.sj.ifsc.edu.br/images/2/23/Irlan.pdf
Walsh, C. (2009). Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In V. M. Candau (Org.), Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas (pp. 12–42). Martins Fontes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Roberth Jesus De Carvalho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores são responsáveis pela veracidade das informações prestadas e pelo conteúdo dos artigos.
Os autores que publicam neste periódico concordam plenamente com os seguintes termos:
- Os autores atestam que a contribuição é inédita, isto é, não foi publicada em outro periódico, atas de eventos ou equivalente.
- Os autores atestam que não submeteram a contribuição simultaneamente a outro periódico.
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à RPBEC o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico.
- Os autores atestam que possuem os direitos autorais ou a autorização escrita de uso por parte dos detentores dos direitos autorais de figuras, tabelas, textos amplos etc. que forem incluídos no trabalho.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação visando aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Em caso de identificação de plágio, republicação indevida e submissão simultânea, os autores autorizam a Editoria a tornar público o evento, informando a ocorrência aos editores dos periódicos envolvidos, aos eventuais autores plagiados e às suas instituições de origem.