Características da Formação de Professores de Ciências Naturais
DOI:
https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2017172423Keywords:
Ciências Naturais, Formação de professores, Perfil docente.Abstract
Este texto discute a formação de professores para a disciplina de Ciências Naturais nos anos finais do ensino fundamental. Priorizamos investigar a discussão da categoria interdisciplinaridade socializada como fundamental para a integração curricular que fundamenta essa disciplina. Nossa proposta é analisar se tal categoria tem subsidiado a formação de docentes. De nossa perspectiva, a ausência de Diretrizes Curriculares Nacionais e as dificuldades que permeiam a oferta desse curso podem indicar uma desvalorização dessa Licenciatura ao passo que, nesse mesmo contexto, encontramos as Diretrizes Curriculares para cursos específicos como Física, Química e Biologia. Elas compõem a área de Ciências e habilitam os docentes para a atuação na disciplina de Ciências do ensino fundamental. Consideramos a necessidade de uma formação docente que atenda às características de um perfil de profissional adequado aos propósitos de ensino dessa disciplina no ensino fundamental. Pautamo-nos na legislação do ensino de Ciências Naturais e da formação de professores para a educação básica. Estudamos propostas de Licenciatura em Ciências Naturais e de Ciências Biológicas de três universidades: a Universidade Estadual de Maringá (UEM); a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e a Universidade de São Paulo (USP). Além disso, utilizamos fontes orais, nomeadamente entrevistas a professores experientes na atuação das disciplinas que compõem essa área. A discussão dos dados levantados é orientada pela análise dos propósitos teóricos apontados pelo “ciclo de políticas” e também pela abordagem que valoriza as diferentes variáveis envolvidas no processo educacional.
References
Ayres, A. C. M., Lima-Tavares, D. L., Ferreira, M. S., & Selles, S. E. (2008). Disciplina escolar ciências e formação de professores: aproximações sócio-históricas nas licenciaturas de curta duração. In: Encontro nacional de didática e prática de ensino, 14, Anais... (p.1–20). Porto Alegre, RS.
Ball, S. J. (2001a). Cidadania global, consumo e política educacional. In: L. H. da Silva, (Org.), A escola cidadã no contexto da globalização. Petrópolis, RJ: Vozes.
Ball, S. J. (2001b, julho/dezembro). Diretrizes políticas globais e relações políticas locais em educação. Currículo sem Fronteiras, 1(2), 99–116.
Bianchetti, L., & Jantsch, A. P. (2002, julho). Interdisciplinaridade e práxis pedagógica: tópicos para discussão sobre possibilidades, limites, tendências e alguns elementos históricos conceituais. Ensino e Re-vista, 10 (1), 7–25.
Carvalho, M. A. B. (2001). A concepção de ciências representada na prática pedagógica do professor licenciado para ensinar ciências. (Dissertação de mestrado), Maringá, PR.
Chassot, A. I. (1990). A Educação no Ensino de Química. Ijuí, RS: Unijuí.
Chassot, A. I. (1998). Inserindo a história da ciência no fazer educação com a ciência. In: A. I. Chassot & J. R. Oliveira. Ciência, ética e cultura na educação. São Leopoldo, RS: Unissinos.
Fazenda, I. C. A. (2002). Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia? São Paulo, SP: Loyola.
Fracalanza, H., Amaral, I. A., & Gouveia, M. S. F. (1986). O ensino de ciências no primeiro grau. São Paulo, SP: Atual.
Freire, P., & Shor, I. (1986). Medo e ousadia: o cotidiano do professor. Trad. Adriana Lopez. Revisão Técnica de Lólio Lourenço de Oliveira, Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Gozzi, M. E. (2016). A formação de professores para as ciências naturais dos anos finais do ensino fundamental. (Tese de doutorado). Programa de Pós-graduação em Educação para a Ciência e a Matemática, Maringá, PR.
Imbernon, R. A. L., Guimarães, E. M., Galvão, R. de M. S., Lima, A. C. de, Santiago, L. F., & Jannuzzi, C. M. L. (2011). Um panorama dos cursos de licenciatura em ciências naturais (LCN) no Brasil a partir do 2º seminário brasileiro de integração de cursos de LCN/2010. Experiências em Ensino de Ciências, 6 (1).
Japiassu, H. (1976). Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro, RJ: Imago.
Lopes, A. C. (2004). Políticas de currículo: mediação por grupos disciplinares de ensino de ciências e matemática. In: A. C. Lopes, & E. Macedo (Orgs.), Currículo de ciências em debate. Campinas, SP: Papirus.
Lei nº 9.394 (1996). Lei de Diretrizes e bases da educação nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Lopes, A. C. (2008). Políticas de integração curricular. Rio de janeiro, RJ: EdUERJ.
Magalhães Júnior, C. A. de O, & Pietrocola, M. (2010, julho). Análise de propostas para a formação de professores de ciências do ensino fundamental. Alexadria Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 3 (2), 31–58.
Parecer CNE/CES N. 67/2003. (2003) Referencial para as diretrizes curriculares nacionais, 2003. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0067.pdf.
Parecer CNE/CP 2 de 2015. (2015). Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. Ministério da Educação. Aprovado em: 9/6/2015. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=17625-parecer-cne-cp-2-2015-aprovado-9-junho-2015&category_slug=junho-2015-pdf&Itemid=30192.
Parecer CEE/CES Nº 190/10, Processo Nº 1157/10: Renovação do Reconhecimento do Curso de Graduação em Ciências – Licenciatura – Campus de Goioerê, PR.
Popkewitz, T. S. (1992). Cultura, pedagogia e poder. Teoria e Educação, 5.
Popkewitz, T. S. (1997). Reforma educacional: uma política sociológica – poder e conhecimento em educação. Porto Alegre, RS: Artes Médica.
Santomé, J. T. (1998). Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre, RS: Editora Artes Médicas Sul Ltda.
Resolução CNE/CP 1, de 18 de Fevereiro de 2002 (2002). Ministério da Educação. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/res1_2.pdf.
Resolução CNE/CEB 4 de 13 de julho de 2010. (2010) Ministério da Educação. Recuperado de http://www.seduc.ro.gov.br/portal/legislacao/RESCNE004_2010.pdf.
Resolução n. 2, DE 1. De julho de 2015. (2015). Ministério da Educação. Recuperado de http://www.abmes.org.br/legislacoes/visualizar/id/1750.
Secretaria de Educação Fundamental. (1998) Parâmetros curriculares nacionais : Ciências Naturais. Brasília: MEC / SEF. 138 p.
UEM, Projeto Pedagógico – Curso: Licenciatura plena em Ciências. (2009). UEM, CCE. DCI, Goioerê, PR. Recuperado de http://www.crg.uem.br/cms/index.php?option=com_content&view=article&id=74&Itemid=76.
UEM, Projeto Pedagógico – Curso Ciências Biológicas. (2010). UEM, CCB, Maringá, PR. Recuperado de http://old.dbi.uem.br/curso_biologia/res04410.pdf.
UNIRIO, Projeto Pedagógico - Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. (2009). Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Instituto de Biociências, Rio de Janeiro, RJ. Recuperado de http://www2.unirio.br/unirio/ccbs/ibio/PPCNatureza.pdf.
UNIRIO, Projeto Pedagógico - Curso Noturno de Licenciatura em Biologia. (2010). Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Instituto de Biociências, Rio de Janeiro, RJ. Recuperado de http://www2.unirio.br/unirio/ccbs/ibio/ProjetoPedaggicoBiologiaNOVO.pdf
USP, Projeto Político Pedagógico – Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. (2013). Escola de Artes, Ciências e Humanidades, São Paulo, SP.
USP, Projeto Pedagógico (Reformulado) – Curso de Ciências Biológicas. (2015). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, SP. Departamento de Biologia, 71–89. Recuperado de file:///C:/Users/Administrador/Downloads/PROJETO%20PEDAGOGICO%20CIENCIAS%20BIOLOGICAS%202015%20(1).pdf.
Veiga-Neto, A. (2010, novembro). Tensões disciplinares e ensino médio. In: I Seminário nacional: Currículo em movimento – Perspectivas atuais, Anais... Belo Horizonte, MG.
Wortmann, M. L. C. (2003). Currículo e ciências – as especificidades pedagógicas do ensino de ciências. In: M. V. Costa (Org.). O currículo nos limiares do contemporâneo. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: DP&A.
Downloads
Published
Issue
Section
License
The authors are responsible for the veracity of the information provided and for the content of the papers.
The authors who publish in this journal fully agree with the following terms:
- The authors attest that the work is unpublished, that is, it has not been published in another journal, event notices or equivalent.
- The authors attest that they did not submit the paper to another journal simultaneously.
- The authors retain the copyright and grant to RPBEC the right of first publication, with the work licensed simultaneously under a Creative Commons Attribution License, which allows the sharing of the work with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
- The authors attest that they own the copyright or the written permission from copyright owners of figures, tables, large texts, etc. that are included in the paper.
- Authors are authorized to take additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (for example, to publish in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal.
- Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) after the publication in order to increase the impact and citation of published work.
In case of identification of plagiarism, inappropriate republishing and simultaneous submissions, the authors authorize the Editorial Board to make public what happened, informing the editors of the journals involved, any plagiarized authors and their institutions of origin.