Diversidade, Multiculturalismo e Educação em Ciências: Olhares a partir do Enpec
DOI:
https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u469496Palabras clave:
Educação em Ciências, Diversidade e Multiculturalismo, EnpecResumen
Este artigo tem o objetivo de traçar um perfil para o grupo temático criado no Enpec em 2009 e intitulado “Diversidade, Multiculturalismo e Educação em Ciências.” Teve como questão de pauta a seguinte indagação: Que grupo de trabalho é esse? O esforço foi o de pensar o que tem sido produzido nessa linha temática, observando o perfil das discussões que têm prevalecido nesse espaço de apresentação de pesquisas. A metodologia envolveu a leitura pormenorizada e a organização dos títulos, resumos, palavras-chave, questões-problema e das referências listadas pelos/as autores/as. Os resultados foram analisados a partir da perspectiva da Análise de Livre Interpretação, que conecta os olhares dos pesquisadores ao referencial teórico apresentado ao longo do texto. Foram construídos gráficos que permitissem uma melhor visualização dos temas mais recorrentes na linha temática e suas oscilações ao longo dos anos. Espera-se contribuir para: a) o mapeamento das produções que têm sido realizadas no campo da Educação em Ciências, observando de que forma tais pesquisas têm dialogado com a realidade e com as condições do processo ensino-aprendizagem que ocorre no espaço das escolas do Brasil; b) uma formação em Educação em Ciências que se pensa para além de seus aspectos instrumentais ao incorporar todo um aporte político e ético comprometido com a construção de uma sociedade menos desigual e pautada na defesa dos direitos humanos e; c) defender uma Educação em Ciências que seja plural e atravessada por vozes diversas.
Descargas
Citas
Anjos, J. J. T. (2013). História das disciplinas escolares: Quatro abordagens historiográficas. Revista Reflexão e Ação. 21(n. esp), 281–298. http://dx.doi.org/10.17058/rea.v0i0.2590
Anjos, M. B., Rôças, G., Pereira, M. V. (2019). Análise de livre interpretação como uma possibilidade de caminho metodológico. Ensino, Saúde e Ambiente, 12(3), 27–39. https://doi.org/10.22409/resa2019.v12i3
Barreto, M. I., & Araújo, M. I. O. (2009). Professores e professoras de Ciências de Aracaju/SE frente à homossexualidade. In VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis/SC.
Batista, I. L., Souza, D. C, Kikuchi, L. A., Corrêa, M. L., Heerdt, B., Stal, J. et al. (2015). Formação de professores no Brasil e questões de gênero feminino em atividades científicas. In X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Águas de Lindóia, SP.
Bonnewitz, P. (2003). Primeiras lições sobre a Sociologia de Pierre Bourdieu. Editora Vozes.
Bourdieu, P. (1998). O poder simbólico. Bertrand Brasil.
Bourdieu, P. (2009). A economia das trocas simbólicas. Editora Perspectiva.
Brown, W. (2018). Cidadania sacrificial: neoliberalismo, capital humano e políticas de austeridade. Zazie Edições.
Butler, J. (2002). Cuerpos que importam: sobre los limites materiales y discursivos del “sexo”. Paidós.
Butler, J. (2015). Quadros de guerra: Quando a vida é passível de luto? Civilização Brasileira.
Castro, D. J. F. A., & Monteiro, B. A. P. (2019). A decolonialidade no Ensino de Ciências através da análise dos trabalhos publicados no ENPEC. In XII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Natal, RN.
Castro-Gómez, S. (2000). Ciencias sociales, violencia epistémica y el problema de la invención del otro. CLACSO/Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales.
Delizoicov, D. (2004). Pesquisa em Ensino de Ciências como Ciências Humanas Aplicadas. In R. Nardi (org). A pesquisa em Ensino de Ciências no Brasil: Alguns recortes (p´p. 413–449). Escrituras Editora.
Durkheim, E. (2014). As formas elementares da vida religiosa: O sistema totêmico na Austrália. Martins Fontes.
Egypto, A. C. (2012). Orientação sexual na escola: Um projeto apaixonante. Editora Cortez.
Franco, L. G., & Munford, D. (2019). O cotidiano da sala de aula e perspectiva de diálogo sobre gênero na pesquisa em Educação em Ciências. In XII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Natal, RN.
Gondim, M. S. C., & Gauche, R. (2019). Interculturalidade Crítica, Saberes Populares e Educação CTS em perspectiva freireana. In XII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Natal, RN.
Goodson, I. F. (2018). Currículo: Teoria e história. Editora Vozes.
Grosfoguel, R. (2016). A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, 31(1), 25–49. https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100003
Janning, D. P., & Cassiani, S. (2015). A Co-docência na formação de professores em Timor Leste: Reflexões sobre colonialidade e transnacionalização. In X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Águas de Lindóia, SP.
Júnior, P. L, Ostermann, F., & Rezende, F. (2009). Gênero e educação científica: uma revisão da literatura. In VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis, SC.
Laval, C. (2019). A escola não é uma empresa. Boitempo.
Mateus, W. D., & Higuchi, M. I. G. (2015). Um mundo, olhares diferentes ou um olhar, mundos diferentes? Problematizando o perspectivismo ameríndio e questões ambientais. In X Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Águas de Lindóia, SP.
Mateus-Vargas, M., Anunciação, B. C.P., & Andrade, A. M. (2019). A distinção de saberes dentro dos processos de descolonização: campos temáticos baseados no Mapeamento Informacional Bibliográfico. In XII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Natal, RN.
Meyer, D. E., & Paraíso, M. A. (2014). Metodologias de pesquisa pós-criticas em educação. Mazza Edições.
Moreira, A. F., & Candau, V. M. (2013). Multiculturalismo: Diferenças culturais e práticas pedagógicas. Editora Vozes.
Nussbaum, M. (2015). Sem fins lucrativos: Por que a democracia precisa das humanidades? Editora WMF Martins Fontes.
Oliveira, R. D. V. L., & Queiroz, G. R. P. C. (2017). Conteúdos cordiais: Química humanizada para uma escola sem mordaça. Editora Livraria da Física.
Oliveira, R. D. V. L., Trindade, Y, R. A., & Queiroz, G. R. P. C. (2013). O filme ‘Jardim das folhas sagradas e a possibilidade de uma abordagem intercultural em aulas de ciências. In IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Águas de Lindóia, SP.
Ortiz, R. (1983). Pierre Bourdieu: Sociologia (Coleção Grandes Cientistas Sociais). Editora Ática.
Outhwaite, W. (2017). Teoria social: Um guia para entender a sociedade contemporânea. Zahar.
Pereira, P. B., & Cassiani, S. (2011). Ser X Saber: Efeitos simbólicos da colonialidade nas relações entre os sujeitos e o conhecimento científico. In VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Campinas, SP.
Pérez, M. U., & Suárez, C. J. M. (2015). El enfoque intercultural en la enseñanza de las ciências. In IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Águas de Lindóia, SP.
Pinto, L. (2000). Pierre Bourdieu e a teoria do mundo social. Editora FGV.
Pizzinato, L. A. R. (2013). Estudos sobre a diversidade cultural e ensino de ciências na Colômbia. In IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Águas de Lindóia, SP.
Quijano, A. (2005). Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In Lander, E. (org). Colonialidade do saber: Eurocentrismo e ciências (pp. 345–392). Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais.
Segalen, M. (2002). Ritos e rituais contemporâneos. Editora FGV.
Silva, T. T. (2013). Documentos de identidade: Uma introdução às teorias do currículo. Editora Autêntica.
Viñao, A. (2008). A história das disciplinas escolares. In Revista Brasileira de História da Educação, 8(3 [18]), 173–215.
Weber, M. (2000). Economia e sociedade (v. 1). Editora da UnB.
Williams, J. (2013). Pós-estruturalismo (2. ed.). Editora Vozes.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores são responsáveis pela veracidade das informações prestadas e pelo conteúdo dos artigos.
Os autores que publicam neste periódico concordam plenamente com os seguintes termos:
- Os autores atestam que a contribuição é inédita, isto é, não foi publicada em outro periódico, atas de eventos ou equivalente.
- Os autores atestam que não submeteram a contribuição simultaneamente a outro periódico.
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à RPBEC o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial neste periódico.
- Os autores atestam que possuem os direitos autorais ou a autorização escrita de uso por parte dos detentores dos direitos autorais de figuras, tabelas, textos amplos etc. que forem incluídos no trabalho.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação visando aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Em caso de identificação de plágio, republicação indevida e submissão simultânea, os autores autorizam a Editoria a tornar público o evento, informando a ocorrência aos editores dos periódicos envolvidos, aos eventuais autores plagiados e às suas instituições de origem.