Reflexões sobre a saúde docente no contexto de mercantilização do ensino superior
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2016.2105Palavras-chave:
Saúde, Docente, Ensino superior, MercantilizaçãoResumo
As modificações sociopolíticas e econômicas intensificadas a partir da década de 1990 produziram diversas mudanças no âmbito do trabalho docente. O modelo de organização passou a exigir maior produtividade e qualificação profissional cada vez mais especializada, com base na acentuação do trabalho, provocando, assim, o surgimento de novas atribuições, as quais vêm repercutido negativamente na saúde desses profissionais. Nesse cenário, os docentes passam a conviver com um ambiente precarizado, regido pela lógica empresarial, levando a situações de sobrecarga, de estresse e de competição, além de fragilizar as relações interpessoais e dificultar o uso adequado do tempo livre, aspectos esses que comprometem a qualidade de vida dos docentes. Nesse contexto, e entendendo que a forma como as condições de trabalho são estruturadas desempenha papel crucial no processo saúde-doença ocupacional, o presente ensaio teórico tem como finalidade problematizar o processo de mercantilização nas universidades brasileiras e os efeitos desse processo na saúde docente.
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