Desafios da docência em um curso de Medicina

análises dos pilares de resiliência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2237-5864.2021.22175

Palavras-chave:

Resiliência, Ensino superior, Educação médica

Resumo

A pesquisa teve como objetivo avaliar os pilares de resiliência de professores de um curso de Medicina de uma universidade do estado de São Paulo. Participaram do estudo 68 docentes que responderam à Escala dos Pilares da Resiliência. Dentre as médias da amostra, a mais alta foi encontrada no pilar Autoeficácia (M = 72,6) e a mais baixa no pilar Aceitação Positiva de Mudança (M = 17,4). A análise em função do sexo revelou que apenas no pilar Sociabilidade houve diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres. Quanto às correlações entre os pilares, apenas tiveram maior magnitude entre Bom Humor e Controle Emocional. Novas investigações são sugeridas nos cursos de Medicina, que permitam a verificação de associações entre a resiliência docente e as mudanças a ser implementadas que exigem do professor flexibilidade e utilização de estratégias de enfrentamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Celeste Corral Tacaci Neves Baptista , Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), SP, Brasil.

Médica psiquiatra, graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Catanduva. Mestre em Educação (Universidade do Oeste Paulista). Foi diretora clínica do Hospital Psiquiátrico Adolpho Bezerra de Menezes (2003-2011). É docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista, preceptora da Residência Médica em Psiquiatria do Hospital Regional de Presidente Prudente e membro do Núcleo Didático Pedagógico da Faculdade de Medicina da Unoeste.

Camélia Santina Murgo, Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), SP, Brasil.

Possui graduação e licenciatura em Psicologia pela Universidade do Sagrado Coração, mestrado em Psicologia Escolar e doutorado em Psicologia Ciência e Profissão pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Pós-doutorado em Avaliação Psicológica pela Universidade São Francisco. Docente do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Oeste Paulista. Membro do GT de Avaliação da Criatividade e Psicologia Positiva da Associação Nacional de Pesquisa em Psicologia.

Celeste Simões, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal.

Licenciada em Educação Especial e Reabilitação (Universidade de Lisboa). Mestrado em Psicologia (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação – Universidade do Porto). Doutorado em Motricidade Humana na especialidade de Educação Especial e Reabilitação pela Universidade de Lisboa. Professora associada com agregação na Faculdade de Motricidade Humana (Universidade de Lisboa). Membro do Laboratório Associado da FCT - Instituto de Saúde Ambiental – Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa.

Bárbara Cristina Soares Sena, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, SP, Brasil.

Psicóloga (Universidade do Oeste Paulista). Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista. Doutoranda em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de São Carlos. Pesquisadora vinculada ao Laboratório de Análise e Prevenção da Violência (LAPREV), do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos e ao Grupo de Trabalho Juventude, Resiliência e Vulnerabilidade da Associação Nacional de Pesquisa em Psicologia.

Referências

ALMEIDA JÚNIOR, Euslan; MIRANDA, Carla Silva Siqueira; OLIVEIRA, Sandra Maria Alkmim; CARDOSO, Ludimila Paula Vaz. O uso de metodologias ativas na prática de monitoria acadêmica no curso de Medicina: aprendizado baseado em problemas. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 5, n. 11, p. 26281-26285, nov. 2019. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv5n11-263. Disponível em: http://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/4796/4416#. Acesso em: 10 dez. 2018.

ALMEIDA, Maria Tereza Carvalho; MAIA, Fernanda Alves; MACHADO, Maria das Mercês Borém Correa; SOUZA, Filipe Alves; SILVA, Victor Bruno da; CARVALHO, Mateus Almeida de; RODRIGUES NETO, João Felício. Desenvolvimento docente: avaliação de uma experiência em um curso de Medicina. Revista Eletrônica de Educação, v. 13, n. 1, p. 306-318, jan./abr. 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.14244/198271992635. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/2635/753. Acesso em: 17 jan. 2019.

ANTUNES, Celso. Resiliência: a construção de uma nova pedagogia para uma escola pública de qualidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

BANDURA, Albert. Self-efficacy. In: RAMACHAUDRAN, Vilayanur S. Encyclopedia of human behavior. New York: Academic Press, 1994. p. 71-81.

BANDURA, Albert. A evolução da teoria social cognitiva. In: BANDURA, Albert; AZZI, Roberta Gurgel; POLYDORO, Soely. Teoria Social Cognitiva: conceitos básicos. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 15-41.

BRASIL. Ministério da Educação. No Brasil, mulheres são maioria nos cursos de pós-graduação. Ministério da Educação [on-line], Brasília, mar. 2017. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/212-educacao-superior-1690610854/45981-no-brasil-mulheres-sao-maioria-nos-cursos-de-pos-graduacao. Acesso em: 20 out. 2017.

CANELAS, Renata Schettino. A resiliência de crianças em situação de risco em programas socioeducativos de Belo Horizonte. 2004. Dissertação (Mestrado) – Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004. Não publicada.

CARDOSO, Tábata. Construção e validação de uma escala dos atributos pessoais da resiliência. 2013. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Saúde) – Faculdade de Saúde, Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo, 2013.

CARDOSO, Tábata; MARTINS, Maria do Carmo Fernandes. Livro de exercícios EPR. São Paulo: Vetor, 2014.

COSTA, Nilce Maria da Silva Campos. A formação e as práticas educativas de professores de Medicina: uma abordagem etnográfica. 2005. Tese (Doutorado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2005.

COSTA, Nilce Maria da Silva Campos. Docência no ensino médico: por que é tão difícil mudar?. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 31, n. 1, p. 21-30, abr. 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-55022007000100004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022007000100004&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 22 jan. 2019.

DANCEY, Christine P.; REIDY, John. Estatística sem matemática para psicologia: usando SPSS para Windows. Porto Alegre: Artmed, 2006.

FAJARDO, Indinalva Nepomuceno; MINAYO, Maria Cecilia de Souza; MOREIRA, Carlos Otávio Fiúza. Educação escolar e resiliência: política de educação e a prática docente em meios adversos. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 18, n. 69, p. 761-773, dez. 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40362010000400006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40362010000400006&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 22 jan. 2019.

FISKE, Susan; CUDDY, Amy; GLICK, Peter; XU, Jun. A model of (often mixed) stereotype contente: competence and warmth respectively follow from perceived status and competition. Journal and Personality and Social Psychology, v. 82, n. 6, p. 878-902, 2002. DOI: https://www.researchgate.net/deref/http%3A%2F%2Fdx.doi.org%2F10.1037%2F%2F0022-3514.82.6.878.

GUMS, Eliezer Fernandes. Resiliência e criatividade em pessoas de destaque: um estudo comparativo. 2015. Tese (Doutorado em Psicologia) – Centro de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2015.

MARQUES, Luana Reis; HONORIO, Luiz Carlos; MARQUES, Antônio Luiz. Burnout no trabalho do médico: o caso dos profissionais que atuam no serviço de atendimento de urgência e emergência na cidade de Belo Horizonte-MG. Revista Gestão & Tecnologia, v. 20, n. 1, p. 141-165, jan. 2020. DOI: https://doi.org/10.20397/2177-6652/2020.v20i1.1623. Disponível em: http://revistagt.fpl.edu.br/get/article/view/1623/1127. Acesso em: 19 out. 2020.

MASTEN, Ann S. Resilience Theory and research on children and families: past, present, and promise. Journal of Family Theory & Review, v. 10, n. 1, p. 12-31, mar. 2018. DOI: https://doi.org/10.1111/jftr.12255. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/jftr.12255. Acesso em: 23 jan. 2019.

MELILLO, Aldo; OJEDA, Elbio Néstor Suárez. Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas. Porto Alegre: Artmed, 2007.

MELILLO, Aldo. Realidad social, psicoanálisis y resiliencia. In: MELILLO, Aldo; OJEDA, Elbio Néstor Suárez (org.). Resiliencia y subjetividad los ciclos de la vida. Buenos Aires: Paidós, 2008. p. 63-76.

MOIA, Lizomar de Jesus Maués Pereira; SOUSA, Raphael Primo Martins de; SOUZA, Renato Mauro Vieira; FONSECA, Aline Batista da. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem: perfil e capacitação pedagógica do docente do curso de Medicina. Interdisciplinary Journal of Health Education, v. 22, n. 1, p. 1-9, jan./jun. 2017. DOI: https://doi.org/10.4322/ijhe.2016.012. Disponível em: https://ijhe.emnuvens.com.br/ijhe/article/view/279/24. Acesso em: 14 jan. 2019.

NASCIMENTO, Hugo César Filardi et al. Análise dos níveis de empatia de estudantes de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, Brasília, v. 42, n. 1, p. 152-160, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-52712018v42n1rb20170057. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022018000100152&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 19 out. 2020.

NUNES, Carlos Henrique Sancineto da Silva. Lançamento da Escala Fatorial de Extroversão (EFEx) e Escala Fatorial de Socialização (EFS). Avaliação Psicológica, Porto Alegre, v. 6, n. 1, p. 103-106, jun. 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712007000100013&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 22 jan. 2019.

OJEDA, Elbio Néstor Suárez. Una concepción latinoamericana: la resiliencia comunitaria. In: MELILLO, Aldo; OJEDA, Elbio Néstor Suárez (org.). Resiliencia: descobriendo las propias fortalezas. Buenos Aires: Paidós, 2002. p. 67-82.

OLIVEIRA JUNIOR, Isaias Batista de. A escola promotora de processos-chave de resiliência em famílias organizadas em modelos não convencionais. Psicologia da Educação, São Paulo, n. 46, p. 93-101, jun. 2018. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752018000100010&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 1 fev. 2019.

PESSOA, Alex Sandro Gomes; COIMBRA, Renata Maria; NOLTEMEYER, Amity; BOTTRELL, Dorothy. Resilience processes within the school context of adolescents with sexual violence history. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 33, e157785, jul. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-4698157785. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982017000100124&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 02 fev. 2019.

RODRIGUES, Rosana Trindade Santos; BARBOSA, George Souza; CHIAVONE, Paulo Antonio. Personalidade e resiliência como proteção contra o Burnout em médicos residentes. Revista Brasileira de Educação Médica, Brasília, v. 37, n. 2, p. 245-253, 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbem/v37n2/12.pdf. Acesso em: 19 out. 2020.

RODRÍGUEZ, Daniel. El humor como indicador de resiliencia. In: MELILLO, Aldo; OJEDA, Elbio Néstor Suárez (org.). Resiliencia: descobriendo las propias fortalezas. Buenos Aires: Paidós, 2002. p. 185-196.

SAKOTANI, Vanessa Hanayo. Resiliência, educação e escola: um balanço das produções científicas de 2000 a 2013. 2016. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2016.

SILVA, Nilce da; MOTTA, Cristina Dalva Van Berghem. A criatividade como fator de resiliência na ação docente do professor de ensino superior. Revista UFG, Goiânia, v. 7, n. 2, p. 43-46, set. 2017. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48869. Acesso em: 10 dez. 2018.

SILVEIRA, Daniel Rocha; MAHFOUD, Miguel. Contribuições de Viktor Emil Frankl ao conceito de resiliência. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 25, n. 4, p. 567-576, dez. 2008. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2008000400011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2008000400011&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 22 fev. 2019.

SOUSA, Carolina Silva; EXTREMERA, Marta Olmo. Docentes resilientes em contextos precários: estudo de casos em Espanha. Educação (UFSM), Santa Maria, v. 41, n. 3, p. 541-552, set./dez. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.5902/1984644424598. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/24598/pdf#. Acesso em: 23 jan. 2019.

THERON, Linda Carol; LIEBENBERG, Linda; MALINIDI, Macalane Junel. When schooling experiences are respectful of children’s rights: a pathway to resilience. School Psychology International, v. 35, n. 3, p. 253-265, nov. 2014. DOI: https://doi.org/10.1177/0142723713503254. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0142723713503254. Acesso em: 13 fev. 2019.

YUNES, Maria Angela Mattar. Os discursos sobre a questão da resiliência: expressões e consequências para a promoção do desenvolvimento saudável. In: COLINVAUX, Dominique; LEITE, Luci Banks; DELL’AGLIO, Débora Dalbosco (org.). Psicologia do Desenvolvimento: reflexões e práticas atuais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. p. 225-246.

YUNES, Maria Angela Mattar; FERNANDES, Grazielli; WESCHENFELDER, Gelson Vanderlei. Intervenções psicoeducacionais positivas para promoção de resiliência: o profissional da educação como tutor de desenvolvimento. Educação, Porto Alegre, v. 41, n. 1, p. 83-92, jan./abr. 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.15448/1981-2582.2018.1.29766. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/29766/16850. Acesso em: 13 fev. 2019.

Downloads

Publicado

26-03-2021

Como Citar

BAPTISTA , C. C. T. N. .; MURGO, C. S. .; SIMÕES, C.; SENA, B. C. S. Desafios da docência em um curso de Medicina: análises dos pilares de resiliência. Revista Docência do Ensino Superior, Belo Horizonte, v. 11, p. 1–20, 2021. DOI: 10.35699/2237-5864.2021.22175. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rdes/article/view/22175. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos