Diferenças na prevalência dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre adultos residentes nas capitais brasileiras em 2019
Estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.35669/2316.9389.2024.49529Palavras-chave:
Fatores de Risco, Doenças Crônicas não Transmissíveis, Estudos Transversais, Inquéritos Epidemiológicos, Prevalência, BrasilResumo
Objetivo: este estudo teve como objetivo analisar as prevalências dos fatores de risco e proteção para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis na população adulta brasileira residente nas capitais em 2019, com foco nas diferenças de sexo, faixa etária e escolaridade. Métodos: foi conduzido um estudo transversal utilizando dados de 2019 do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). As prevalências e razões de prevalências foram estimadas ajustando-se pelo modelo de Regressão de Poisson, com um nível de significância adotado de 5%. Resultados: o estudo revelou que 9,8% dos participantes eram fumantes, com uma prevalência mais alta entre homens, especialmente na faixa etária de 55-64 anos. O consumo abusivo de álcool foi relatado por 18,8% dos entrevistados, sendo que os homens apresentaram prevalências 1,8 vezes superiores às das mulheres. Quanto ao peso, 55,4% dos participantes foram classificados como tendo excesso de peso, com prevalência mais alta entre os homens; a obesidade mórbida, por outro lado, foi 40% menos prevalente nesse grupo. Em relação ao consumo alimentar, as mulheres relataram maior ingestão de frutas e hortaliças, enquanto os homens consumiam mais feijão, refrigerantes e alimentos ultraprocessados. A atividade física no tempo livre foi mais frequente entre homens e jovens. Uma autoavaliação de saúde ruim foi relatada por 4,8% dos participantes, sendo mais comum entre mulheres e idosos. A hipertensão foi relatada por 24,5% dos entrevistados, apresentando menor prevalência entre os homens, enquanto a diabetes teve uma prevalência de 7,4%, sem diferenças significativas entre os sexos. Conclusão: o estudo identificou diferenças significativas relacionadas ao sexo, idade e escolaridade na distribuição de doenças, fatores de risco e de proteção entre adultos das capitais brasileiras.
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