Automonitorização glicêmica: dificuldades na realização do procedimento por pacientes com diabetes mellitus
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v22i1.49685Palavras-chave:
Diabetes Mellitus, Autocuidado, Educação em EnfermagemResumo
Objetivo: avaliar a realização do procedimento de automonitorização glicêmica em pacientes com diabetes. Método: estudo quantitativo, tipo descritivo-exploratório e observacional. Pacientes adultos com diabetes foram observados enquanto realizavam o procedimento no serviço de atenção secundária, e cada aspecto era assinalado em um formulário. Os dados sofreram tratamento estatístico e discutidos a partir da literatura científica. Resultados: entre os 60 participantes, 63% eram mulheres; 53,3% aposentados; idade entre 35 e 60 anos (51,7%); 60% com ensino fundamental; 51,7% com renda de até um salário mínimo; 38% tinham diagnóstico de diabetes entre 11 e 20 anos e, destes, 93,3% desconheciam as metas glicêmicas; 86,7% não higienizavam as mãos antes e após o procedimento e não faziam o descarte correto dos resíduos; 91,7% não realizavam a limpeza do aparelho após o uso; 75% não registravam os resultados. Conclusão: os participantes apresentaram dificuldades e falhas na prática de automonitorização glicêmica, que podem comprometer a vigilância do seu real estado de saúde, emergindo a necessidade de capacitação, com vistas à eficácia do procedimento e prevenção de complicações, além de melhorias no controle da doença. Assim, cabe ao enfermeiro que atua nessa clientela empreender esforços que possibilitem a aquisição pelo paciente das habilidades necessárias ao exercício da técnica da automonitorização glicêmica e o despertar de sua consciência para os riscos à saúde provocados por uma ação incorreta.
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