Cateterismo vesical intermitente realizado pelos cuidadores domiciliares em um serviço de atenção domiciliar
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v17i4.50197Palavras-chave:
Assistência Domiciliar, Cateterismo Urinário, Cuidados de EnfermagemResumo
O estudo teve como objetivo analisar a prática do cateterismo vesical intermitente realizada no domicílio pelo cuidador do usuário cadastrado no Serviço da Atenção Domiciliar de Betim, Minas Gerais. Estudo descritivo-exploratório no qual os dados foram obtidos por meio de entrevistas e observação da técnica de cateterismo durante acompanhamento domiciliar de seis usuários do serviço. Os resultados revelaram as características dos pacientes dependentes do cateterismo vesical intermitente e de seus cuidadores. Prevalecem pacientes do sexo feminino, com idade entre nove e 44 anos, dependentes do cateterismo por acometimento do quadro de bexiga neurogênica secundária a traumatismo raquimedular por acidente, mielomeningolece ou leucemia. Os cuidadores são, a maioria, mulheres (mãe ou irmã) com idade entre 29 e 57 anos. Em relação ao procedimento do cateterismo, os resultados indicam o seguimento das normatizações do protocolo do serviço de atenção domiciliar quanto à higienização das mãos e do meato urinário, uso de luvas e lubrificantes, acondicionamento e reutilização do cateter. Os resultados indicam, ainda, que o apoio oferecido pelos serviços de saúde do SUS-Betim, para o cuidado no domicílio, encontra-se insuficiente como rede assistencial, sendo considerados apenas como fornecedores de materiais. A infecção no trato urinário, na maioria dos usuários, reflete a necessidade de uma educação em saúde para cuidador e não somente um treinamento tecnicista. Conclui-se que o enfermeiro como agente do cuidado deve fundamentar o ensino do cateterismo vesical intermitente em uma atenção integral, que vise à corresponsabilidade da equipe de saúde, do cuidador e do próprio usuário.Downloads
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