A utopia o Mundo Resplandecente
um mundus intellectualis
DOI:
https://doi.org/10.35699/2525-8036.2017.5022Palavras-chave:
Margaret Cavendish, Utopia, Literatura inglesa, Estudos utópicos, UtopismoResumo
A utopia A Descrição de um Novo Mundo, chamado O Mundo Resplandecente, de 1666, é de autoria da filósofa natural e Duquesa de Newcastle Margaret Lucas Cavendish. Tal obra é considerada a primeira no gênero literário utópico escrita por uma mulher e apresenta a história do descobrimento de um novo mundo por um estrangeiro que, após atravessar os mares, ali desembarca. O Mundo Resplandecente possui uma organização das leis, do estado, da religião etc. que permite uma vida em perfeita harmonia. A intenção principal desse artigo é apresentar algumas observações sobre a estrutura utópica do texto, como o fato de que, diferentemente da estrutura paradigmática do texto de Thomas More, após sua chegada, o estrangeiro passa a interferir nesse mundo provocando-lhe mudanças substanciais. Também procuro apontar algumas das relações presentes entre a obra e outros textos contemporâneos, como os de Thomas Hobbes e de Francis Bacon, referências influentes para a construção do pensamento de Cavendish.
Downloads
Referências
AKKERMAN, Nadine; CORPORAAL, Marguérite. Mad Science Beyond Flattery: The Correspondence of Margaret Cavendish and Constantijn Huygens. Early Modern Literary Studies Special Issue, p.1-21, 14 maio 2004. Edição Especial. Disponível em: <http://purl.oclc.org/emls/si-14/akkecorp.html>. Acesso em: 6 set. 2013.
BACON, Francis. Nova Atlântida. Tradução de José A. R de Andrade. São Paulo, Abril Cultural, 1973. (col. Os Pensadores)
__________. O progresso do conhecimento. Tradução, apresentação e notas de Raul Fiker.São Paulo: Editora UNESP, 2007. 328 p.
BALDO, M. C. da S. O mundo resplandecente, de Margaret Cavendish: estudo e tradução. 2014. 307 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP.
BERRIEL, Carlos. Editorial. Morus: Utopia e Renascimento, Campinas, v. 1, p.5-9, jan. 2004. Anual.
BRANDÃO, Jacyntho Lins. A experiência de Ulisses: Nota sobre um tema utópico perdido. Morus: Utopia e Renascimento, Campinas, v. 7, p.15-25, 2010. Anual.
CAIXETA, B. P. Man in the Moone (Londres, 1638): utopia, ciência e política no pensamento de Francis Godwin. 2014. 258 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP.
CAVENDISH, Margaret L. The Description of a New World, Called the Blazing-World. Londres: A. Maxwell, 1668. Disponível em: <http://digital.library.upenn.edu/women/newcastle/blazing/blazing.html>. Acesso em: 18 maio 2012
__________. The True Relation of My Birth, Breeding and Life. In: CAVENDISH, Margaret. The life of William Cavendish: Duke of Newcastle to which is added the true relation of my birth, breeding and life. 2. ed. Londres: G. Routledge & Sons, E.p. Dutton, 1890. p. 155-178. (The London Library. Memoirs of William Cavendish, Duke of Newcastle and Margaret, his wife). rev., com notas adicionais. Ed. by C.H. Firth.
__________.Observations upon Experimental Philosophy, ed. Eileen O’Neill, Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
__________. Margaret Cavendish: Political Writings. Cambridge: Cambridge University Press, 2003. 344 p. (Cambridge Texts in the History of Political Thought). Susan James (Editor).
__________. The Blazing World and Other Writings. Londres: Penguin, 2004 (Penguin Classics).
DEWALD, John. Europe 1450 to 1789: encyclopedia of the early modern world, Volume 6. Michigan: Charles Scribner’s Sons, 2004.
FIRPO, Luigi. Para uma definição de “utopia”. Tradução de Carlos Eduardo O. Berriel,Morus Utopia e Renascimento, v.2. Campinas, 2005, p.227-237.
HOBBES, T. Leviatã. Tradução: João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
JAMES, Susan. Introduction. In: CAVENDISH, M. C. Margaret Cavendish: Political Writings. Cambridge: Cambridge Press, 2003. pp. ix-xxix.
LESLIE, Marina. Gender, Genre and the Utopian Body in Margaret Cavendish’s Blazing World. Utopian Studies, v. 7, n. 1, p. 6-24, Pen State University Press.
LUCIANO. A História verdadeira. Tradução de Gustavo Piqueira. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2012.
MORAES, Helvio. Introdução. As Mil faces de Proteu: um Estudo sobre o diálogo na Itália do século XVI. Sínteses, 2010, pp. 151-171
MORE, Sir Thomas, Santo. Utopia. Organização George M. Logan, Robert M. Adams. Tradução de Jefferson Luiz Camargo e Marcelo Brandão Cipolla. 3. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009. (Clássicos Cambridge de filosofia política).
O’NEILL, Eillen. Introduction. In: CAVENDISH, Margaret. Observations upon Experimental Philosophy. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
PARK, Jennifer Mi-young. Navigating Past, Potential, and Paradise: The Gendered Epistemologies of Discovery and Creation in Francis Godwins Man in the Moone and Margaret Cavendish’s Blazing World. Renaissance And Reformation, p.113-138, 2012. Inverno.
PEPYS, Samuel. Diary and Correspondence of Samuel Pepys: Secretary to the Administralty in the Reings of Charles II and James II. 15. ed. Londres: Henry Colburn, 1854. Vol. II.
__________. The Diary of Samuel Pepys. Nova York: Modern Library, 2003. 310 p. (Modern Library Classics).
ROSA, Carlos Augusto de Proença. História da ciência: renascimento científico. 2. ed. Brasília, FUNAG, 2012.
WHITAKER, Katie. Mad Madge: The Extraordinary Life of Margaret Cavendish, Duchess of Newcastle, the First Woman to Live by Her Pen. Nova York: Basic Books, 2002.
WHITE, William. Science, Factions, and the Persistent Specter of War: Margaret Cavendish’s Blazing World. Intersect, Stanford, v. 2, n. 1, p.40-51, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Milene Cristina da Silva Baldo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
1. Os conteúdos dos trabalhos são de exclusiva responsabilidade de seu autor.
2. É permitida a reprodução total ou parcial dos trabalhos publicados na Revista, desde que citada a fonte.
3. Ao submeterem seus trabalhos à Revista os autores certificam que os mesmos são de autoria própria e inéditos (não publicados em qualquer meio digital ou impresso).
4. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista são do autor, com direitos de primeira publicação reservados para este periódico.
5. Para fins de divulgação, a Revista poderá replicar os trabalhos publicados nesta revista em outros meios de comunicação como, por exemplo, redes sociais (Facebook, Academia.Edu, etc).
6. A Revista é de acesso público, portanto, os autores que submetem trabalhos concordam que os mesmos são de uso gratuito.
7. Constatando qualquer ilegalidade, fraude, ou outra atitude que coloque em dúvida a lisura da publicação, em especial a prática de plágio, o trabalho estará automaticamente rejeitado.
8. Caso o trabalho já tenha sido publicado, será imediatamente retirado da base da revista, sendo proibida sua posterior citação vinculada a ela e, no número seguinte em que ocorreu a publicação, será comunicado o cancelamento da referida publicação. Em caso de deflagração do procedimento para a retratação do trabalho, os autores serão previamente informados, sendo-lhe garantido o direito à ampla defesa.
9. Os dados pessoais fornecidos pelos autores serão utilizados exclusivamente para os serviços prestados por essa publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.
