O corpo a corpo com um sistema não se trata de abandoná-lo
DOI:
https://doi.org/10.35699/2237-5864.2019.16114Palavras-chave:
Arte contemporânea, Crítica cultural, Arquivo, EngajamentoResumo
Este ensaio é um exercício de conversação e foi guiado por duas ideias: de um lado, a convicção de que estamos envolvidas por uma atmosfera marcada por diálogos impossíveis e que, diante da impossibilidade de falar sobre assuntos discordantes, de escutar os outros, de perceber para além de nós mesmas/os, estamos correndo em círculos, na tentativa de solucionar falsos problemas; de outro lado, o desejo de conversar mais sobre dúvidas que permeiam nossas pesquisas e práticas no campo da arte. Nesse diálogo, discutiremos as possíveis relações que podem ser estabelecidas entre a “arte engajada” e a “arte arquivista”, acreditando que, assim, podemos formalizar publicamente um exercício de colaboração entre nós, que já existe há algum tempo e agora tem ganhado novos contornos.
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