A montagem como técnica e possibilidade de crítica à modernidade.

O painel Eu vi o mundo… ele começava no Recife.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-2046.2025.54189

Palavras-chave:

Cícero Dias, Recife, Montagem, Modernidade

Resumo

O painel Eu vi o mundo... ele começava no Recife (1926-29) é um importante marco na história da arte moderna brasileira, não apenas por ter inaugurado o Salão Revolucionário, de 1931, mas também por apresentar diversas facetas de um mundo que Cícero Dias considerava moderno. O painel foi possível por meio da união – montagem – desses fragmentos coletados do seu cotidiano ou narrados por outros. São as luzes, cores e formas do Nordeste interiorano, dos engenhos de cana-de-açúcar, das casas-grandes e senzalas, do mar e sobrados do Recife e das tradições aristocráticas e populares que Dias representou o seu mundo. Este artigo objetiva analisar a referida obra e como, por meio da estratégia da montagem, técnica associada às vanguardas artísticas, Dias apresentou suas impressões e crítica às imagens da modernidade benjaminiana.

Biografia do Autor

  • Fernando Diniz Moreira, UFPE

    Arquiteto pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, 1990), Historiador pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP, 1991), Mestre em Desenvolvimento Urbano pela UFPE (1994), Ph.D. em Arquitetura pela University of Pennsylvania (2004). É Professor Titular do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE e Pesquisador 1-D do CNPq. Foi Coordenador Geral da Docomomo Brasil (2016-2017) e Conselheiro Federal do CAU/BR (2012-2017). A sua área de interesse reside em teoria e história da arquitetura moderna e contemporânea, história do urbanismo moderno, tendo publicado numerosos artigos sobre estes temas. Atualmente desenvolve estágio de pós-doutorado na Brown University.

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Publicado

2025-01-31

Edição

Seção

Artigos - Seção aberta

Como Citar

A montagem como técnica e possibilidade de crítica à modernidade.: O painel Eu vi o mundo… ele começava no Recife. . PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, v. 15, n. 33, p. 461–485, 2025. DOI: 10.35699/2238-2046.2025.54189. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/54189. Acesso em: 9 mar. 2025.

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